A banda de gothic metal norueguesa Sirenia volta mais uma vez ao Brasil, desta vez em um lugar menor, no Blackmore Rock Bar, em São Paulo. A equipe do ROCK SP compareceu no segundo show da banda em São Paulo, uma data extra, que foi anunciada após os ingressos do dia anterior se esgotar semanas antes.

Ainda com poucas pessoas no local de show, a banda brasileira Ravenland abriu para os noruegueses, entoando um pouco mais de peso e com vocalista nova, Juliana Rossi, ex-Hevorah. Merecem serem citados, pois houve uma evolução sonora e de personalidade da banda, chamando a atenção dos ainda poucos presentes no Blackmore, já "dando um gás" para o que viria a seguir.

No intervalo da banda de abertura para a banda principal, as cortinas do Blackmore se fecharam para os preparativos, enquanto pouco a pouco a casa começava a ter mais visitantes, já se aglomerando em frente ao pequeno mas ilustre palco, que já recebeu grandes atrações underground.

Ao som de "Obire Mortem", as cortinas se abrem, e os integrantes do Sirenia entram um a um no palco. Fazia um ano que a banda havia se apresentado no Brasil, no Carioca Club, mas parece que a volta deles sempre é bem-vinda e todos receberam a banda com aplausos e gritos. Ainda sem baixista nas apresentações ao vivo, a banda entra com um novo músico contratado, Jan Erik, substituindo o antigo, Michael. E os demais integrantes, Ailyn, Jonathan e o velho Morten completam o time.

Vale lembrar que Morten gravou todos os instrumentos do último álbum da banda, lançado esse ano, exceto os violinos. A questão de o Sirenia não ter músicos fixos, a não ser pela vocalista Ailyn e o guitarrista e vocal gutural Morten, compromete um pouco a personalidade e carreira da banda.

Entoando a "The End Of It All", atual música de trabalho, Ailyn, baixinha e com um figurino a la musa do gothic metal, com corset e saia preta, levanta o pequeno público de fãs, que cantam o refrão da música junto com a banda ainda meio tímidos.

Seguindo com canções do novo álbum e as "clássicas", o Sirenia manteve seu público de pé a todo o momento, principalmente nos hits antigos.

SET LIST: 1. Obire Mortem – Intro / 2. The End of It All / 3.Downfall / 4. Fallen Angel / 5. All My Dreams / 6. Meridian / 7. A Seaside Serenade / 8. Fading Star / 9. The Seventh Summer / 10. El Enigma de La Vida / 11. The Twilight in Your Eyes / 12. Star-Crossed / 13. Winter Land / 14. Oscura Realidad / 15. Lost In Life / 16. The Other Side. BIS: 17. The Path To Decay / 18. My Mind's Eye

As canções novas parecem que não agradaram muito, ou pelo menos os fãs estavam muito tímidos para curti-las. Ailyn, muito simpática, sempre interagindo e cantando com o público, com constantes tchauzinhos e sorrisos. Sua voz impressiona pelo timbre agudo e muito bem afinado. Morten durante várias vezes arriscou um portugûes anunciando as próximas músicas, e se saiu muito bem, dispensando comentários para seus marcantes guturais e guitarras. Os outros dois integrantes como eram de se esperar de músicos contratados, pouco interagiram.

Fechando no bis com The Path To Decay e My Mind’s Eye, o público foi a delírio acompanhando todas as letras e puxando vários “heys”. Outra música também bastante cantada pelo público presente foi “The Other Side”, antiga música de trabalho e uma das mais famosas da banda.

Em suma, o show inteiro foi bom e valeu o preço. Os fãs não param nem um minuto, nem ao menos na balada “El Enigma de La Vida”. Ailyn sustenta muito bem as músicas antigas com outras vocalistas e é ótimo entrosamento entre os demais músicos. Os integrantes do Sirenia ainda distribuíram autógrafos e conversaram com os fãs que sobraram no local pouco após o show, muito simpáticos e atenciosos com todos. É difícil você conseguir tomar uma cerveja com músicos de fora e para quem ficou até o final, essa foi uma oportunidade única.

O Sirenia ainda tem show no Rio de Janeiro, no Venue Recreativo Caxiense, no Feriado do dia 02 de novembro. Enquanto isso, ficaram descansando e curtindo um pouco o país.