"GBH"
07/05/2017 - Clash Club - São Paulo - SP
Lançamento: "Latin America Tour"

Por Marcos Franke | Fotos: Ronaldo Chavenco
(publicada em 8, mai, 2017 | 22h55)

A grande celebração do punk nacional ficou para a abertura do show do GBH, grande ícone do punk inglês. A primeira banda a se apresentar foi o KOB 82, que formada em 2008 tem em sua formação Tato no vocal, Presunto no baixo, Limão na bateria e Gabito na guitarra e fez um show para umas 15 pessoas. Apenas na apresentação da segunda banda, o Armagedom, que o público era bem maior. Formada por Renato (vocal), Javier (guitarra), Claudinei (baixo) e Pedro (bateria) a banda de hardcore/crossover thrash meio que se destacou muito por ser tão diferente da banda que iniciou o mini Festival. Banda que existe desde 1985, surpreendeu com a grande presença de palco de Renato. Difícil de entender como bandas que nem o Armagedom ainda não colhe louros de seu esforço. A banda Invasores de Cérebro se apresentou logo depois. Com Ariel Uliana Jr. nos vocais, ex-vocalista de bandas de bandas punk das antigas como Inocentes e Restos de Nada, fez com que rodas dominassem a frente do palco e basicamente liderou todos os momentos de agitação do publico. Que performance da banda. O grupo que se apresentou logo depois foi o Total Chaos. Formada por Rob Chaos (vocais), Shawn Smash (guitarra), Miguel Conflict (bateria) e Mike Monster (baixo) a banda pareceu a princípio não convencer muito o público mas aos poucos o público começou a abrir rodas ao som de músicas como Riot City, Decapitated, Boot Party e Dancing on Your Grave. Grande performance do vocalista Rob Chaos e do competente vocalista Miguel Conflict – que demonstraram um carisma acima da média para fazer o público agitar e curtir o som! Era a vez do GBH. Formada em 1979 em Birmingham, Reino Unido, a Charged GBH ou simplesmente GBH é uma das mais clássicas e admiradas bandas do punk no Mundo. Ao passar por algumas alterações em sua formação, a banda mudou seu jeito de tocar ao longo de sua história. Chegaram a ter um momento mais “metal” em 1988, o que não durou por muito tempo, já que quatro anos mais tarde, conseguiram contar com o baterista Scott Preece, que tocava na banda Bomb Disneyland, logo depois a banda voltou a sua sonoridade que os impulsionou ao estrelato, o punk rock! A formação atual é Colin (Col) Abrahall nos vocais, Colin (Jock) Blyth na guitarra, Ross Lemos no baixo e Scott Preece na bateria. Todos os músicos são ótimos, mas preciso citar o baterista Scott, e agora entendo porque tanto esforço pra contar com ele nas baquetas. O cara é um monstro! Incansável! Com um grande desempenho atrás do kit de bateria ao lado do carismático Colin, dão um diferencial da banda. O relógio já se aproximava das 22h quando as cortinas se abriram e o GBH fez a alegria dos punks presentes após uma rápida passagem de som. Um grito, um acorde de baixo e guitarra, misturados ao som dos pratos. Pronto! O show começou com “Unique”.


Não tem como citar as músicas sem comentar o ambiente que se tornou o espaço. O show seguiu com “Race Against Time”, “Knife Edge”, ‘Lycanthropy”, “Necrophilia” e “State Executioner”. Sem roadies a banda teve muito trabalho, pois o número de pessoas que subiram no palco para cantar, tirar fotos com o Colin ou dar MOSH era incontrolável. O show continuou assim e a banda continuou seus clássicos com “Dead On Arrival”, “Generals”, ‘Freak” e “Alcohol”, que foi lindo ver o público cantar cada estrofe e explodir no refrão, como se fosse uma única voz. Na sequência, veio “No Survivors”, “Self Destruct”, “Big Woman”, “Sick Boy”, “Slit Your Own Throat” e “Am I Dead Yet”. Uma pedrada após a outra cantada e pogada por todos, absolutamente todos! Durante o show fiquei me indagando como uma banda podia durante tanto tempo de estrada estarem tão bem, tão dispostos, tocando punk, não sendo uma banda na luz do mainstream, mas mesmo assim fazendo um show daquele, como se fosse sua estreia nos palcos! “Enquanto isto os caras continuaram com a sequência “Give Me Fire”, “Man Trap”, ‘Catch 23” e “Hellhole”. A apresentação chegava ao seu desfecho. Tocaram sem intervalos “Kids Get Down”, ‘Drugs” e “Diplomatic Immunity” do clássico City Babys Revenge/1983. A banda nem saiu do palco e continuou seu set mesmo com a loucura dos fãs em cima do palco. No ar, uma mistura de suor e cervejas. Uma verdadeira anarquia se instalou durante os últimos minutos do show. A banda terminou seu show com City Babys Revenge (City Babys Revenge/1983) e terminou seu show com Hey Keef. O GBH se despediu do público que agradeceu incessantemente o show que tinham acabado de ver. Que show!


SET LIST:

1. UNIQUE (Perfume and Piss/2010)
2. RACE AGAINST TIME (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
3. KNIFE EDGE (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
4. LYCANTHROPY (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
5. NECROPHILIA (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
6. STATE EXECUTIONER (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
7. DEAD ON ARRIVAL (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
8. GENERALS (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
9. FREAK (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
10. ALCOHOL (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
11. NO SURVIVORS (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
12. SELF DESTRUCT (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
13. BIG WOMEN (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
14. SICK BOY (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
15. SLIT YOUR OWN THROAT (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
16. AM I DEAD YET (Leather, Bristles, Studs and Acne/1981)
17. GIVE ME FIRE (No Survivors/1989)
18. MANTRAP (No Survivors/1989)
19. CATCH 23 (No Survivors/1989)
20. HELL HOLE (No Survivors/1989)
21. KIDS GET DOWN (Perfume and Piss/2010)
22. DRUGS (City Babys Revenge/1983)
23. DIPLOMATIC IMMUNITY (City Babys Revenge/1983)
24. CITY BABYS REVENGE (City Babys Revenge/1983)
25. HEY KEEF