"STEVE VAI"
04/06/2017 - Tom Brasil - São Paulo - SP
Apresenta: "Passion And Warfare 25th Anniversary Tour"

Por Marcos Franke | Fotos: Edi Fortini
(publicada em 5, jun, 2017 | 17h11)

Steve Vai veio a São Paulo comemorar 25 anos do lançamento do reconhecido álbum que reinventou a forma de tocar guitarra

Há 25 anos Steve Vai gravou um álbum que não imaginava seria tão emblemático para ele e para tantos outros guitarristas que almejavam o posto de guitar hero. Passion and Warfare é este álbum e também dá o nome a esta tour que passou por São Paulo. Steve Vai confessou em seu show que ele tinha muito medo de tocar este álbum inteiro ao vivo e o faria apenas se encontrasse a banda perfeita – foi o que pudemos testemunhar esta noite. Com casa cheia, Steve Vai subiu ao palco para uma longa noite de clássicos. Com capuz na cabeça, colete e óculos que disparavam raios laser, sua guitarra com luzes azuis refletiam na parede, iniciou-se um dos melhore shows do ano. “Bad Horsie”, “The Crying Machine, “Gravity Storm” e “Tender Surrender” foram as escolhidas para iniciar o show com belas imagens psicodélicas no telão no fundo do palco. A interação falada com o público, aconteceu no final de “Tender Surrender” e apresentando a banda Dave Weiner (guitarras, teclados), Philip Bynoe (baixo) e Jeremy Colson (bateria) disse que desta vez havia encontrado a banda perfeita. Brincou que todos deveriam brincar a se olhar no espelho nu e dar passos que colocariam Mick Jagger no bolso e fez o público se divertir bastante e se soltar para a aula que estava por vir. Ao apertar o botão guitar hero do Steve Vai, o negócio ficou sério. Com “Liberty” via-se logo de cara no telão uma projeção do show de Sevilha (EXPO’92) com Brian May, épico guitarrista do Queen, quando Steve Vai teve a oportunidade de tocar com ele e tantos outros. Era tema após tema, arpejos após arpejos e os músicos pareciam insaciáveis. Os músicos que acompanham Steve Vai simplesmente sabiam com maestria o que tocar quando tocar sem um erro sequer. Era impressionante. Eis que surge uma surpresa em forma de vídeo. Steve diz ter um amigo para apresentar e eis que no fundo Joe Satriani aparece projetado na tela no fundo do palco. Ao interpretar a clássica “Answers” Joe Satriani é agradecido por Steve Vai, por ter o ajudado no começo de sua carreira e toca com ele a música com diversos adereços no rosto – algo bem legal para os fãs do músico.


A primeira parte de Passion and Warfare termina após Steve Vai tocar sem interrupção as clássicas “The Riddle”, “Ballerina 12/24” e a clássica “For The Love of God” – uma das músicas mais lindas de sua carreira. Era a vez de um novo dueto guitarrístico, desta vez com John Petrucci. “The Audience is Listening” foi tocada a dois usando novas tecnologias como a interação do músico. Logo após agradecer á John pela participação, Steve não enrola e logo emenda “I Would Love To”, “Blue Powder” e “Sisters” que fecharam o segundo ato com “Love Secrets” para começar a terceira e última parte do álbum, com mais uma vídeo-chamada. Desta vez era a vez de Frank Zappa com “Stevie’s Spanking”, virtualmente tocando com Vai, apesar do músico já ter falecido há exatos 24 anos. Um dos encontros mais épicos que o Tom Brasil pode ter recebido nos últimos tempos. Após encerrar o álbum, Steve Vai saiu do Palco para retornar para um Bis com “Taurus Bulba” onde desceu do palco e cumprimentou os fãs que estavam na grade. Foi sem dúvida um show histórico por toda a carga emocional que Steve Vai atribuiu a esta tour, que celebra os 25 anos de um álbum único, ousado e revolucionário, que certamente marcou e continuará a marcar gerações e gerações de adoradores da guitarra.

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