Por Kah Stoker
(publicada em 8, ago, 2017 | 13h52)

BR METAL, som espetacular, bandas afiadas revelam o que é Metal Nacional.

Nas imedições do Gillan's Inn English Rock Bar, já dava pra sentir o clima desse sábado de Metal em São Paulo.

Ao entrar na casa, vemos um enorme e estiloso bar, com camarotes e mesas confortáveis, e uma pista ampla, para aproveitar o máximo do evento.

Logo também, vemos que cada banda fez seu "merchandise", para vendas de cd's e camisetas, além de serem bem receptivos, trocarem idéias com o público, tirarem fotos e darem autógrafos.

Veremos agora, shows que fizeram a diferença na noite de sábado:

Começo sensacional, pena que para um público ainda pequeno, entra pontualmente as 21h, a banda Sinaya, formada por quatro meninas surprendentes com suas performances, em um estilo extremo, que deixam todos de boca aberta.

A apresentação ganha um grande destaque pelo vocal gutural da linda e estilosa Milena.

Banda com pegadas de Death e Thrash, fazem a galera não desgrudarem os olhos.

Iniciando com as músicas mais antigas "Life against Fate" e "Obscure Raids", a banda anima a galera de um jeito inesplicável. Logo em seguida, ouvimos "Always Pain", "Infernal Sight" e "Bath of Memories"

A casa foi enchendo, a galera foi se animando ainda mais, quando a monstruosa "Buried by terror", é tocada, música do clipe que teve mais de 77 mil visualizações, (realmente muito boa).

Com aquela vontade de continuar, elas fecham o show com a também antiga e intensa "Legion of Demons".

O que podemos resumir desse show? Os instrumentos comparecem sempre de uma forma precisa, intensa, brutal e insana, realmente o chão alí tremeu, uma experiência reveladora sob diversos aspectos. Difícil encontrar alguém que tenha saído sem um belo sorriso no rosto.

Ao intervalo de 30 minutos, a equipe de som, todos bem prestativos e focados, fazem a troca dos instrumentos para a apresentação da próxima banda, o Fire Strike. Banda que vem recebendo um grande destaque, por resgatar um estilo heavy metal, de uma forma diferenciada.

Seria uma aula de heavy metal a classificação dada ao show do Fire Strike? Posso dizer que sim, pois presenciei uma das mais bonitas apresentações de bandas brasileiras nesse estilo.

A banda chega detonando também pontualmente as 22h30, com o lançamento do álbum, "Slaves of Fate", não só pela sonoridade mas pelo visual dos integrantes, lembrando muito o estilo "heavy" dos anos 80.

Apesar dos problemas técnicos, a banda segurou muito bem iniciando com a música "Reach for you life", primeira faixa do disco, o que podemos ver uma boa influência de bandas icônicas.

Tentando levar a apresentação, ainda com pequenos problemas técnicos, eles tocam a "Night Fever", uma das mais conhecidas e mais esperadas pelo público, faixa do EP, "Lion and Tiger", que deu origem ao primeiro clipe da banda.

Com a casa agora muito mais cheia, eles seguem com as "Slave of your Fate", "Eletric Sun", "The Wolves Don't Cry" e "Losing Control" músicas muito bem trabalhadas e arrepiantes.

A vocalista Aline, como sempre linda e cativante, faz uma pausa, agradece a presença e o apoio de todos. Apresenta cada integrante da banda, e eles voltam a tocar, as também conhecidas "Streets of Fire" e "Master of the Seas", do EP, porém em uma nova versão muito mais evoluída e muito bem produzida para o disco atual.

Eles fecham a apresentação com a bem elaborada "Our Shout is Heavy Metal". Não posso deixar de citar a facilidade que os dois guitarristas tem em intercalar os solos, isso é realmente muito fantástico!

Quem saiu do Gillan's na fria noite de sábado, levou consigo a certeza que o Fire Strike voltou e voltou com tudo, fazendo um trabalho fantástico.

Mais outro intervalo de 30 minutos, a casa ainda relativamente cheia e agitada, as 00:00 entra a banda "Vandroya" com o lançamento oficial do álbum, "Beyond the Human Mind".

O quinteto paulista não deixa desejar, mergulhando a criatividade em um bom power metal explorando elementos sinfônicos.

Ao assistir a apresentação da banda, vemos que temos boas influências de Edguy e Angra.

Som marcante e contagiante, os vocais da Daísa, são realmente matadores.

Não é a toa que já foi considerada a figura entre as melhores vozes femininas do metal nacional.

Ousadia, um pouco do passado da banda e uma dose de modernidade, tornam livres de qualquer comparação, eles evoluíram suficientemente para soar apenas e tão somente como Vandroya.

E com muito bom humor e um inegável talento, podem fazer coisas como a linda música "Maya".

Enfim, um trabalho que veio a elevar ainda mais a carreira deste banda,mostrando uma sonoridade que vem sendo marca registrada, com versos limpos onde a voz da Daísa, é soberana e com refrões feitos para funcionar bem ao vivo.

Agora é a vez da banda Panndora, banda formada por cinco meninas talentosas e empolgantes.

Começa 1h30 as meninas fechando o festival, com muita energia e mantendo a casa em pé.

Músicas de alto e bom som, fechando a turnê do disco "The Heretic’s Box", disco que foi muito bem recebido pelo público.

No show, pude ver que a banda segue uma linha Heavy/Power tradicional, o que deixou todos muito contentes, além disso bem agitados na apresentação do Festival.

Running Wild, Judas Priest e Iron Maiden, entre tantas outras bandas são fortes influencias no som das garotas de Maringá.

Dando boas-vindas à madrugada que já havia chegado, o festival chega ao fim, o produtor agradece a presença de todos e presenteia as bandas com um quadro do festival.

Nessa segunda edição do BR METAL, podemos ver que a cada festival realizado, os produtores vem nos surpreendendo em todos os quesitos! Trazendo bandas de ótima qualidade, fazendo o possível para agradar a todos.

Valeu muito a pena ter comparecido e assistido aos shows, as bandas não decepcionaram em nenhum momento e a sensação de quero mais foi inevitável. Que venham mais e mais edições do festival, com casts cada vez mais surpreendentes e shows tão bons como os desta edição.