Por Luane Arruda | Fotos: Aluísio Ribeiro
(publicada em 27, ago, 2019 | 13h21)

Em mais uma passagem pelo Brasil, o quarteto feminino irlandês Celtic Woman se apresentou nas noites de 24 e 25 de agosto no palco do Credicard Hall. A turnê "Ancient Land" narra histórias da Ilha Esmeralda através da música, tendo como temas a terra, o amor e a dança. As vozes angelicais que contam essas histórias têm nomes: Mairéad Carlin, Éabha McMahon e Megan Walsh. O quarteto se completa com a violinista Tara McNeil.

Além das vozes de anjos, o grupo conta com mais dois bailarinos de vozes marcantes e instrumentistas de bodhran, bouzouki, gaita de foles, apito irlandês, além de piano, percussão e cordas.

O público da noite era formado em sua maioria por famílias, grupos de amigos vestidos como camponeses irlandeses e também pelo público mais velho, chegando à terceira idade. Um ponto de atenção era a quantidade de degraus que este público mais velho precisou enfrentar para tomarem enfim seus assentos.

Hora do show, casa cheia, pontualidade. “Ancient Land” abriu a noite com sua percussão forte e marcante. A encantadora e espirituosa “Homeland” veio em seguida, cheia de vida. Ao fim da música elas se apresentaram metade em inglês e a outra metade em português. “Moorlough Shore” e a animada “Follow me” com uma dança e voz expressiva dos bailarinos.

Mairéad Carlin deu não só voz para “Newgrange”, mas também muita potência vocal. “Sive”, toda instrumental até elas entrarem no palco sorridentes e dançantes. “Fields of Gold”, e “Love and Honour”.

Ponto alto da noite para a gaita de fole e “Amazing Grace”, já esperada pelo público. A animada “The Enchanted Way”, com um sapateado surpreendentemente empolgante. Demorou um pouco para o público se animar junto e bater palmas no ritmo da música.

Após a primeira troca de vestidos veio a tocante “Danny Boy”, “Ballroom of Romance” também com palmas da plateia e muita dança no palco. “Orinoco Flow” ganhou um comentario alto e solitário na plateia ao término da música, um sonoro: “canta pra caramba”, dito por um homem em algum lugar na plateia, fez todos darem risada e concordarem.

“County Down” foi cantada de braços abertos. Mais uma troca de vestidos, desta vez, brancos. “Garden of Eden”. Em “Over The Rainbow” a produção da casa pediu para que o público colocasse a cor do seu setor no celular e erguesse durante a música, para então formar um arco-íris. Contudo, talvez a informação não tenha sido repassada para todos os presentes, pois pouquíssimas pessoas participaram da ação.

"Going Home” e o fim do show ia se aproximando. Os músicos se alinharam em frente ao palco e cada uma delas se juntou com um instrumento. Com toda a animação e palmas parecia realmente o grand finale, a plateia se pôs em pé a aplaudir, mas ainda não era o fim. Após um pequeno discurso de amor ao Brasil, o encerramento veio com com “The Parting Glass”.

A música tradicional Irlandesa tem o poder de aquecer e fazer os corações vibrarem, emociona e faz os pés se moverem involuntariamente. Toda essa fusão rejuvenescida de arranjos do quarteto faz com que as músicas ganhem ainda mais vida.