"MUSE"
09/10/2019 - Ginásio do Ibirapuera - São Paulo - SP
Apresenta: "Simulation Theory World Tour"
Abertura: "Kaiser Chiefs"

Por Ricardo Yasuda | Foto: (divulgação)
(publicada em 12, out, 2019 | 17h24)

A banda britânica "Muse" esteve no Ginásio do Ibirapuera nesta quarta-feira, 09/10/2019, após tocar no Rock in Rio no domingo (6), divulgando o álbum "Simulation Theory", lançado no fim do ano passado. O show havia originalmente sido divulgado para o estádio Allianz Parque, mas acabou mudando para o Ginásio do Ibirapuera, provavelmente devido à baixa venda de ingressos. Apesar da mudança para um lugar menor, o ginásio estava lotado, com ingressos esgotados.

A abertura ficou por conta do "Kaiser Chiefs", que já havia se apresentado no Brasil em festivais, e também abrindo para o "Foo Fighters" em 2015. Eles estavam divulgando o álbum "Duck", mas não deixaram de tocar seus sucessos "Ruby" e "I Predict a Riot".

Entre as duas bandas, enquanto a equipe preparava o palco para a entrada do Muse, tocou uma playlist de músicas com sintetizadores, marca do "Simulation Theory". Tocou até o tema de abertura de Stranger Things.

Um pouco depois das 21h, o trio formato por Matt Bellamy (vocais/guitarra/piano), Chris Wolstenholme (baixo) e Dominic Howard (bateria) entrou no palco ao som de "Algorithm (Alternate Reality Version)", já emendando com "Pressure", ambas do "Simulation Theory". Os riffs de guitarra deste álbum são perfeitos para o público cantar junto, e foi isso que aconteceu no Ibirapuera. Outra música que tem um riiff desses é "Psycho", do álbum "Drones", e o público já começou a pular.

Uma das novidades desta turnê foi o grupo de dançarinos e dançarinas, que atuam em determinadas músicas, principalmente as do disco novo, com performances parecidas com as dos respectivos clipes. As performances incluem trombones, canhões de CO2, balões e bastões iluminados.

Em "The Dark Side", a performance foi da plateia: muitas pessoas iluminaram o ginásio com luzes coloridas. Foi um 'flash mob' promovido pelo fã clube. Matt agradeceu no final da música: 'lindas luzes'. Depois de "Hysteria", Matt anunciou a próxima música, "uma música bem velha, tem 20 anos". Era "Showbiz", do álbum homônimo, que teve uma campanha para que ela fosse tocada, mais uma vez obra do dedicado fã clube. Ela não foi tocada no Rock in Rio.

O palco mesmo menor em relação ao resto da turnê, não desapontou: quase todos os elementos estavam presentes, desde luzes até o palco B, que foi onde a banda tocou "Dig Down". E "Mercy" é um show à parte, com a chuva de papel picado e serpentinas. Nessa hora também Matt desce até a plateia, ao lado da passarela que leva até o palco B e começa a cumprimentar os fãs, saindo de lá com uma bandeira do Brasil.

Nessa turnê a banda não faz exatamente um bis, então depois "Starlight", que normalmente fecha o show, eles já emendaram com "Algorithm", que tem uma performance muito bonita dos dançarinos. E depois vem o "Metal Medley", que inclui "Stockholm Syndrome", "Assassin", "Reapers", "The Handler" e "New Born" em versões reduzidas.

Aqui vale falar sobre o conceito do show, que reflete no setlist: ele conta uma história do robô Murph, que se origina em um dos dançarinos. Essa pessoa passa por experiências científicas, com próteses robóticas e uma máscara de realidade virtual. Daí ele é confinado numa prisão, de onde finalmente escapa e toma forma no palco, como um boneco inflável. Ele seria um chefe final de um jogo, aparecendo no "Metal Medley", e a banda o derrota, comemorando com "Knights of Cydonia", que encerra o show.