Por Lucas Amorim | Fotos: Aluísio Ribeiro
(publicada em 12, abr, 2022 | 11h56)

As bandas capixabas Dead Fish e Supercombo fizeram um animado encontro na Audio, tradicional casa de shows da zona oeste de São Paulo, no último dia 8 de abril. Os dois grupos brasileiros subiram ao palco da famosa casa paulista levando seus aclamados shows que sempre resultam em apresentações incríveis e cheias de energia.

As apresentações tiveram inicio por volta das 0h30 com o Supercombo iniciando à noite, a banda formada em 2007 e queridinha do público alternativo, transita entre rock, indie e pop e traz uma sonoridade interessante. A banda fez um show 'hiper' animado interagindo muito com os fãs e com uma presença de palco que me agradou muito.

Falando de set list, o Supercombo levantou a galera com músicas como “Amianto”, “Bonsai”, “Monstros” e “Piloto Automático”, que conquistou em 2014 o título de segunda música mais compartilhada no Spotify, o que para uma banda de porte médio é uma conquista invejável, pois sabemos como o rock alternativo nacional é meio descartado quando falamos de prêmios e reconhecimentos.

Gostei muito do som da casa e da simpatia e carisma da banda, que por todo tempo se comunicou com a plateia esbanjando energia, embora as bandas toquem estilos totalmente diferente, a sintonia do público estava muito boa e era visível que o Supercombo agradou a todos com seu show simples e direto, uma ótima maneira de começar a noite.

Na sequência era hora da cereja do bolo da noite com o já cultuado Dead Fish, tocando mais uma vez na 'terra da garoa'. Podemos dizer sim que os caras já são veteranos pois a banda formada em 1991, voltou mais uma vez ao palco da Audio (onde aliás já gravou o dvd XXV Ao Vivo em 2016), com show da turnê 30+1, que comemora os 31 anos da banda e substitui a tour 30, que aconteceria em 2021 mas foi adiada por conta da pandemia, ou seja já são mais de 3 (três) décadas de correria e estrada.

No animado e agitado repertório da banda, que é uma das principais referências de hardcore no Brasil, não faltaram sons que marcaram essas citadas mais de três décadas de história, como “Bem-vindo ao Clube”, “Queda Livre”, “Sangue Nas Mãos” “Zero e Um”, “Sonho Médio” “Escapando” entre outros grandes clássicos.

A presença de palco da banda é outra coisa que dispensa apresentações, como sempre, é um pesadelo para qualquer fotógrafo tentar enquadrar o vocalista Rodrigo em um close, pois o cara não para um segundo, sempre pulando e se movimentando muito, uma energia absurda que já é uma das características principais da banda capixaba, junto é claro com os discursos diretos da banda que nunca tiveram vergonha de se posicionar no cenário tanto musicalmente, quanto politicamente.

Duas verdadeiras potências que encontram-se nessa noite, com apresentações bombásticas ao vivo, tanto o Dead Fish, quanto o Supercombo estão de parabéns por fazerem a noite dos fãs mais felizes com sua música. Seu posicionamento, sua atitude, sua energia e carisma que cativam o público e comprovam porque ambas já estão estabelecidas no nosso cenário musical.