Por Lucas Amorim | Fotos: Aluísio Ribeiro
(publicada em 12, abr, 2022 | 13h09)

Finalmente o Silenty Cry voltou à São Paulo, depois de 16 anos de sua última apresentação na capital paulista, a banda que é considerada uma das maiores representantes de Gothic/Doom Metal no Brasil retornou para uma apresentação no Jai Club (Vila Mariana), junto com outras representantes do Gothic Metal nacional.

E para iniciar essa noite tivemos o “Les Mémoires Fall” que retornou a São Paulo depois de quase 9 anos de hiato, para trazer novamente aos paulistas seu magistral Doom Metal em palco, aquele som arrastado, pesado, decadente, cheio de sentimentos e vocais melancólicos/carregados. Eu, particularmente, amo o Doom Metal com suas músicas longas e sentimentais, que ao vivo faz que o público viaje sem sair do lugar, uma ótima apresentação para iniciar a noite.

Para continuar tivemos uma banda carioca no evento, falo da ótima “Revengin”, que voltou recentemente de sua primeira tour na Argentina, liderada pela talentosa e simpática vocalista Bruna Rocha, a banda que está finalizando o seu novo álbum, sucessor do excelente “Cymatics”, trouxe para sua apresentação toda a potência de pesado Symphonic Metal, junto aos vocais marcantes de Bruna que deixou todos os presentes encantados com toda certeza.

Continuando a ótima sequência de apresentações, tivemos o “Brightstorm”, que atualmente é uma das principais bandas do Symphonic Metal brasileiro e que a cada dia ganha ainda mais reconhecimento no Brasil e no mundo. Não é à toa, pois ao vivo a banda tem um 'felling' impressionante, com acordes certeiros, passagens atmosféricas e os vocais potentes de Naimi Stephanie que conseguem cativar e conquistar a todos.

E para finalizar a noite, os mineiros e veteranos do “Silent Cry” executaram um show especial e emocionante, o que já era esperado, é claro. A banda apresentou a sua nova formação, que agora conta com a ótima vocalista Juliana Rossi e também com a volta do guitarrista Albenez Carvalho, muito conhecido por ter gravado o DVD “Dark n’ Alive”(2007).

O set list do ótimo show contou com duas partes, sendo a primeira com músicas do mais recente álbum da banda, “Hypnosis”, que foi lançando depois de um hiato de anos. E a segunda parte de músicas de toda a carreira da banda, além é de uma pequena homenagem mais que especial ao tecladista Bruno Selmer, que nos deixou em 2004 por meio de um trágico suicídio.

O saldo do pequeno e honesto festival foram shows emocionantes para amantes do underground, em uma noite mágica para todos. Mas principalmente para quem acompanha o “Silent Cry” e estava com saudades de revê-los por terras paulistas. Quem foi, com certeza não se arrependeu e pode conferir como nossa 'cena' está forte como nunca, não devendo nada para nenhum outro lugar e para nenhuma banda gringa.