"TARJA"
16/4/2022 - Tokio Marine Hall - São Paulo - SP
Apresenta: "Raw Tour"
Abertura: "Shaman" e "Santo Graal"

Por Luane Arruda | Fotos: Aluísio Ribeiro
(publicada em 18, abr, 2022 | 22h45)

A casa Tokio Marine Hall abriu suas portas na noite do último sábado 16 de abril para receber três bandas de peso: “Santo Graal”, “Shaman” e “Tarja Turunen”. Após a abertura da casa e ainda com um público bem reduzido, a banda Santo Graal deu início ao que se tornaria uma grande noite. Com uma incrível potência vocal, Nay a vocalista agitou o público com um setlist de músicas autorais.

Enquanto a banda se apresentava, o palco já estava montado para receber o Shaman. Bastou alguns ajustes finos e 30 minutos depois do término da apresentação do Santo Graal, o Shaman estava no palco.


Dando sua voz Alirio Netto, na guitarra Hugo Mariutti, no baixo Luis Mariutti, na bateria Ricardo Confessori e no teclado Fabio Ribeiro. Abriram o show com “Turn Away” para enlouquecer o público engatando com “Distant Thunder”. Só então Alirio deu boa noite para todos “depois de dois anos a gente tá de volta, que bom ver todos vocês”. As poucas palavras foram suficientes para arrancar palmas de uma plateia emocionada.

Depois de tanto tempo esse estava sendo o primeiro show de muita gente ali. O show seguiu com “For Tomorrow”, o fim da música marcada pela voz do André Matos marejou os olhos do público. “Essa voz do André é sublime, né?” Comentou Alirio, “Depois de 2 anos é tão bom estar de volta, se não fosse por vocês nós não estaríamos aqui”, completou.

“Reason”, “Innocence” e antes de seguir com a próxima música, Alirio contou um pouco sobre o processo de criação do novo álbum. “Precisamos encontrar forças para compor o álbum novo, encontrar forças para realmente resgatar a aura. E nesse processo de composição a gente passou pela dor, a gente passou pela saudade, a gente passou principalmente pelo amor. Pelo amor que a gente tem por essa banda, por esse nome que tá aí atrás e isso não seria possível sem vocês. Então eu quero oferecer essa música para todos vocês”, declarou e seguiu com “The “I” Inside”.


“More” tirou todo mundo do chão, arrancou palmas e muitos gritos. “Brand New Me”, “Fairy Tale” fez todo mundo cantar e alguns até chorar – o que me inclui nessa lista -“Ritual” e “Pride” encerrou por volta das 22h05.

Não sei se por conta ainda da pandemia, mas a casa não estava tão lotada como outrora. Claro, estava cheia, de um público feliz, animado e visivelmente emocionado em estar ali. Mesmo assim, algumas pessoas optaram por permanecer de máscara. Vale ressaltar que na entrada da casa foi solicitado o comprovante de vacinação.

E então chegou a hora, por volta das 20h30 Tarja Turunen subiu ao palco. “Serene” abriu a noite. Visivelmente feliz, dançando e sorrindo, Tarja vestia um modelito em preto e dourado. “Boa noite, São Paulo, estou muito emocionada, já faz muito tempo. Obrigada por estar aqui”, disse em português. 

“Demons in You”, “My Little Phoenix”, “Anteroom of Death”. Entre as músicas, Tarja sempre soltava algo em português. “Muito obrigada”, “É bom estar aqui”. A noite seguiu com “Diva” e um discurso sobre amor, paixão, o quanto ela sentiu falta de tudo e que o público manteve a música viva. Também se pegou pensando nos últimos dias que faz 22 anos desde que ela veio ao Brasil pela primeira vez e o quanto isso é insano, ela viver esse sonho porque o público torna isso possível. Visivelmente feliz e agradecida, seguiu com “Goodbye Stranger”, “Falling Awake” e uma troca de roupa. Dessa vez todo em vinil preto. “Planet Hell”, “The Golden Chamber” e “Oasis”.
   
“Eu amo vocês Brasil”, disse seguido de “Tarja eu te amo” da plateia. A segunda parte do show deu início com “Undertaker” seguida de “Tears in Rain”. “Victim of Ritual” fez o público cantar junto. “Innocence”, “I Walk Alone” e ali o show já se encaminhava para o final com “Dead Promisses” e “Until My Last Breath”.

Um setlist bem diversificado com 17 sucessos de sua carreira. Claro que para fã sempre é pouco e sempre acaba faltando uma. Mas Tarja se entregou mais uma vez de corpo e alma em um show impecável.