"CANNIBAL CORPSE"
15/5/2022 - Circo Voador - Rio de Janeiro - RJ
Apresenta: "Violence Unimagined"

Por Lucas Amorim | Foto: Aline Narducci
(publicada em 19, mai, 2022 | 18h31)

Cannibal Corpse se apresentou para os amantes da música pesada, em uma noite devastadora no Circo Voador no último dia 15 de maio e no show os caras provaram porque são a maior banda de Death Metal mundial atualmente, tocando para um público alucinado que não conseguiu ficar parado nesse massacre sonoro em terras cariocas.

O evento contou com abertura do duo “Test” que com sua sonoridade única e característica deu um bom abre alas para a noite, a dupla tem sido reconhecida como uma das bandas mais originais de death/grind dos últimos tempos, pois com apenas 2 integrantes, João Kombi (vocalista e guitarrista) e Barata (bateria) conseguem em palco destroçar uma porradaria sonora pra colocar muito quinteto de boca aberta, em resumo, não tinha como aquela noite começar melhor.


Voltando à atração principal da noite, o Cannibal Corpse voltou à América Latina, em um grande giro nacional, para apresentar seu aguardado e destruidor “Violence Unimagined”, o 15° álbum de suas carreira que foi muito bem recebido não só pelos fiéis fãs de toda parte do mundo e também pela crítica especializada que rasgou elogios ao álbum. No palco do Circo Voador tivemos a prova da brutalidade e qualidade das canções não só em estúdio, mas também ao vivo.

O show, que teve início por volta das 20h, foi literalmente um massacre sonoro com o George “Corpsegrinder” Fisher (vocal), que comanda o espetáculo com a sua já característica forma peculiar de agitar os sons, girando o pescoço em um ritmo alucinado acompanhando sempre o ritmo da guitarra de Rob Barrett e Erick Rutan (ex-Morbid Angel/Hate Eternal).

Por falar em Erick, esse se saiu muito bem, que substituiu o grande e imponente Pat O'Brien, particularmente prefiro esse último ao vivo, pois acho as suas guitarras mais cruas e pesadas, porém não dá pra falar que seu substituto manda mal, longe disso; o cara é uma máquina de riffs e não deixou a desejar em nenhum momento. Mas gosto é gosto, né, meus amigos...



Já a cozinha de Alex Webster (baixo), e Paul Mazurkiewicz (bateria) mostraram que a idade não compromete em nada a execução da banda que continua como um relógio suíço, paradas, tempo e condução perfeitas com aqueles 'blasts' matadores seguidos de viradas rápidas que só o Cannibal faz ao vivo, deixando a pista do Circo Voador caótica com grades rodas e 'mosh pits'.

Uma apresentação perfeita com o mais puro e extremo Death Metal, onde o quinteto conseguiu mais uma vez superar todas as expectativas ao vivo. Com um arsenal aterrorizante tocado com paixão e precisão de tirar o fôlego, mostra porque ainda é influência para uma legião de fãs da música extrema em toda parte do mundo.

O Cannibal Corpse segue a evolução da sua música e o gênero que ajudou a definir. Nessa última apresentação provou para todos os presentes que está muito longe de parar ou maneirar ao vivo, com certeza nós brasileiros estaremos aqui de braços abertos esperando a volta desses mestres da música pesada para mais uma aula de como se fazer Death Metal sem firulas.