"ANGRA"
2/7/2022 - Tokio Marine Hall - São Paulo - SP
Apresenta
: "Rebirth - 20th Anniversary Tour"

Por Luane Arruda | Fotos: Aluísio Ribeiro
(publicada em 5, jul, 2022 | 18h40)

Uma coisa é certa a se dizer: o Tokio Marine Hall ficou pequeno na noite de 2 de julho, para receber todo o peso do metal. Do lado de fora, a fila já dava volta no quarteirão, o público em sua maioria com a camiseta da banda que estava celebrando 20 anos do álbum Rebirth, o Angra.

Aos poucos a casa enchendo e no palco Medjay abriu a noite em um show breve de apenas 30 minutos, porém muito animado. Fizeram aquele esquenta com o público, em um setlist curto com toda a pegada egípcia que seus álbuns apresentam.



Uma noite de ingressos esgotados e casa cheia, revela o sucesso que o Angra conquistou ao longo de todos esses anos. Quando a capa do álbum Rebirth desceu e estampou toda a frente do palco, foi o suficiente pra casa toda delirar e gritar. Seguindo com a intro e “Nothing to Say” abriu a noite. Cheio de energia, Fabio Lione chegou mostrando toda a sua potência - impressionante - vocal.

Os meninos tocaram o show sem rodeios e foram com toda força alimentar a plateia sedenta por clássicos. “Black Window’s Web”, um “Boa noite, bem-vindos”, dito por Lione e pau na máquina “Nova Era” fez todo mundo sair do chão, cantar e vibrar junto a plenos pulmões. “Millennium Sun”, “Acid Rain”, e o ótimo controle do público que o Fábio tem fazendo todo mundo cantar junto.


“Quero ver todo mundo cantando a próxima música emblemática”, mas antes, Fábio foi quem brincou com a voz enquanto a plateia se esgoelava tentando imitar sua potência vocal absurda. Entre agudos e graves, sequências curtas e longas, Lione baixava o microfone até quase a cintura enquanto criava as sequências de voz e podia ser ouvido pela casa toda mesmo com o microfone distante. Na grade uma fã emocionada chamou sua atenção, “Por que você está chorando? Você está feliz?”, ela balançou a cabeça que sim e as palmas tomaram conta do eco da casa. Então a emblemática para acalmar os ânimos “Heroes of Sand” tocou.

Durante os solos de “Unholy Wars”, alguns problemas técnicos no microfone, que precisou ser trocado duas vezes. “Rebirth” e algumas pessoas chorando do meu lado. Rafael Bittencourt agradeceu a presença de todos e completou: "O Rebirth foi um álbum de superação que o Angra teve, muitos de vocês aqui tinham 14/15 anos naquela época e continuaram com a gente até hoje. E hoje nós estamos passando por um novo renascimento, o renascimento da nossa vida em sociedade. Poder reviver tudo isso com essa banda maravilhosa é ótimo, esses caras são incríveis”. Aplausos.

Claro que não poderia faltar convidado especial, e naquela noite a convidada foi Juliana D’Agostini, uma pianista erudita. A noite seguiu com “Judgement Day”, “Running Alone”, “The course of nature”, “Metal Icarus”, “The Shadow Hunter”, “The rage of the waters”, “Bleeding Heart” pra dar uma acalmada, “Upper Levels” e como sempre, a mais esperada de todas “Carry On” para encerrar a noite.

Uma noite, uma banda que deu tudo de si, uma casa cheia de fãs e memórias que vão ficar pra sempre.