Por Lucas Amorim Passos | Fotos: Aline Narducci
(publicada em 20, set, 2022 | 21h28)

Após alguns anos de espera, os lendários veteranos do Thrash alemão, Destruction, finalmente voltaram ao nosso querido Brasil para uma série de quatros shows que fizeram parte da turnê latino-americana que celebra os 40 anos da banda e promoveu o seu novo álbum, “Diabolical”, lançado agora em abril de 2022, pela Napalm Records.

A turnê também teve um gostinho especial por contar com a presença inédita no Brasil de uma outra banda que é uma revelação internacional e falo do Burning Witches. O evento também contou com o Ancestral que fez as honras de abertura do evento para aqueles que conseguiram chegar mais cedo e conferir essa que é uma das mais tradicionais bandas do 'Thrash Metal Brazuca'.

Do show de Burning Witches, as meninas ingressaram ao palco por volta das 19h30 e para quem não conhecia a banda, já foi surpreendido pela formação totalmente formada por mulheres da cena metal suíça/holandesa, que combina elementos do heavy metal tradicional com power metal. No palco não tem delicadeza não, é muito peso e destruição, com destaque para o belo e potente vocal de Laura Guldemond; aliás que agudos a mulher alcança, sem falar na presença de palco e carisma que simplesmente cativou o público.

Um pouco das músicas: sons como “Sea of The Lies” e “Flight of the Valkyries” mostram a qualidade inteira da banda, que com toda certeza ainda vai render muito o que falar, pois é pesado, melódico e tem uma sonoridade com um mix de heavy metal tradicional e power metal alinhados com solos rápidos. A cereja do bolo é com toda certeza, o vocal rasgados de Laura, um ótimo espetáculo que arrancou aplausos de toda a plateia.

Seguindo para o evento principal da noite, era a vez do Destruction, literalmente destruir tudo com a sua artilharia pesada desencadeada e sem freios. Meus amigos, que paulada foi o show! Essa nova formação da banda com Randy Black (bateria), Damir Eskic e Martin Furia (guitarras) e Schirmer (baixo) ficou sensacional, deu um 'up' gigante no 'punch' ao vivo da banda e os caras precisavam mesmo dessa renovação, pois uma repaginada para melhor é sempre bom, não é?

O peso, os acordes, os duetos, as bases e principalmente a velocidade que o Destruction está tocando é absurda, não dá vontade de parar de assistir, não dá vontade de parar de agitar, músicas que eu e muitos sentiram falta de um apoio na guitarra como “Nailed to the Cross” ou “Life Without Sense” estão perfeitas ao vivo completas e absurdamente rápidas. E assim foi o espetáculo, pouca conversa e muita música para o público que 'pirava' na pista e nos “moshs”.

Também estavam lá no set list da banda músicas do novo lançamento dos caras, porém não faltaram os inúmeros clássicos do Destruction, cristalizados na história do thrash metal mundial como: “Mad Butcher”, “Tormentor”, “Total Desaster” entre outros sons que deixaram o público quase sem cabeça no Carioca Club. Aliás, a casa não estava muito cheia, uma pena isso, porém o som, a equalização e a plateia estão de parabéns pois fizeram a sua parte e contribuíram para o sucesso da noite.

E como num passe de mágica a banda se despede com uma trinca de chorar de alegria: “Curse The Gods”, “Thrash Till Death” e “Bestial Invasion”. E um dos melhores shows do ano acaba para tristeza do público. Agora é torcer para que o Destruction volte em breve, pois os fãs que compareceram ao Carioca Club, no último domingo, com toda certeza estão no aguardo de mais um massacre sonoro.

Valeu, Destruction! Vida longa ao Thrash Metal!