"DREAM THEATER" Por Lucas Amorim Passos | Foto: (divulgação) Amplamente conhecidos como os pioneiros do metal progressivo: James LaBrie (vocal), John Petrucci (guitarra), Jordan Rudess (teclados), John Myung (baixo) e Mike Mangini (bateria), mais uma vez, ao vivo e a cores, exploraram durante duas horas de espetáculo territórios ainda inexplorados na escala musical com um verdadeiro espírito desbravador e visionário. O show celebrou o décimo quinto álbum, da banda, “A View from the Top of the World”, mais uma obra de arte do virtuoso quinteto de Nova York, que trouxe sete faixas mergulhadas em arranjos articulados, guitarras carregadas de groove e melodias espetaculares. E foi exatamente isso que vimos na apresentação, uma virtuosidade impressionante que te hipnotiza, seja na cadência e perfeccionismo de John Myung (baixo), na virtuosidade de Jordan Rudess (teclados), no talento nato e destreza do sensacional Mike Mangini (bateria) ou nos vocais carismáticos de James LaBrie (vocal). Há sim quem o critique, mas o cara é bom e ao vivo temos que admitir isso. A presença do Dream Theater no palco por si só já é uma viagem de estilos e sentimentos, porém a alma disso, e o maior responsável é com toda certeza o monstro John Petrucci (guitarra), que ali na hora 'H' não deixa passar batido não, ele rouba a cena seja em solos como “Endless Sacrifice” ou em passagens mais melódicas como “Invisible Monster”seja como for, onde for e no tempo que for, o cara segura o show mesmo e não dá tempo nem de piscar para não perder nenhum acorde, nenhuma palhetada desse gênio das cordas. Muitos podem achar o som do Dream Theather chato, cadenciado, cheio de firulas, com solos intragáveis e passagens infinitas, porém tudo tem um encaixe; seja acabando em um refrão ou em um riff coeso e isso é uma das marcas da banda. Passear pela virtuosidade e infinitas possibilidades de arranjos e sequências de solos, riffs e melodia. Ao vivo essa mistura cresce e passa a ser a chave de condução do espetáculo. Pra finalizar a banda volta ao palco para o bis e para a tristeza de muitos, um dos sons mais aguardados na noite, “Pull me Under” é substituído por “The Count of Tuscany” do ótimo “Black Clouds & Silver”. Eu e muitas pessoas preferiam a primeira citada, porém a banda escolheu bem uma substituta para fazer jus ao bis, onde mesmo no fim do espetáculo o público se recusava a sair do Tokyo Marine Hall. Pediam sempre mais uma! Pedido esse que infelizmente não foi atendido, mas o show foi maravilhoso. Provou-se mais uma vez que os caras do Dream Theather serão sempre bem-vindos em terras tupiniquins. |