"MATANZA RITUAL" Por Lucas Amorim Passos | Foto: (divulgação) No último sábado, dia 17 de setembro, o Matanza Ritual se apresentou no Espaço Leste com um convidado mais que especial: o Pavilhão 9. que há pouco tempo anunciou seu retorno aos palcos e alguns lançamentos inéditos, o evento ainda contou com abertura da banda Ozome e quem chegou mais cedo pode ver uma apresentação energética dos caras que aqueceram bem a noite, um início com pé direito das apresentações. O Pavilhão 9 subiu ao palco por volta das 00h e esse show de retorno me deixou muito curioso antes do início da apresentação, pois sou um fã que acompanha os caras há tempos e fiquei muito empolgado com essa notícia de shows e novos trabalhos; não podemos negar que o Pavilhão 9 é um dos grupos mais importantes da história do rap nacional e foi um dos pioneiros a misturar esse estilo com rock criando uma fórmula explosiva que cativou e inspirou muita gente. E foi atrás dessa fórmula explosiva que eu fui atrás, queria ver se a banda ainda manteria essa pegada mesclada que agrada os fãs de ambos os estilos, e não me arrependi de ter ido, pois a banda está muito afiada ao vivo, entrosada, tocando com muita energia e mandando os clássicos que já conquistaram o público: “Mandando Bronca”, “Vai Explodir “, “Execução Sumária”, “Opalão Preto” entre tantos outros. Para os que já conhecem e entendem a importância desses caras para o rap nacional, Rock, os costumes e para a cultura brasileira em geral, esse show foi uma boa oportunidade também para relembrar, isso é afirmar para quem não conhecia o legado e o pioneirismo do Pavilhão 9. Afinal, já sabemos que relembrar é viver, principalmente quando se trata de um ícone do rap/rock nacional com tantas histórias. Um belo espetáculo e um recomeço para esses caras que merecem todo sucesso pela frente. Seguindo com o show, o Matanza Ritual, grupo encabeçado pelo vocalista Jimmy London, trouxe o seu time de estrelas do metal nacional para o palco do Espaço Leste, como Felipe Andreoli (Angra), Antônio Araújo (Korzus) e Amílcar Christofáro (Torture Squad), um supergrupo que dispensa apresentações, tanto pelo talento, como pela grande experiência em palco e em grandes bandas. E nem preciso dizer que no palco os caras tocam com tudo mesmo e pra quem já conhece o som do Matanza antigo, se surpreende com a qualidade ao vivo que a banda por parte do Jimmy está fazendo agora. Os caras estão afiados, violentos e destilando ódio no palco. É claro que o público super animado da casa ajudava ainda mais no clima da apresentação, aliás, havia tempo que não via um público tão animado, sério mesmo, o povo não parava quieto, todo mundo muito energizado. E para quem foi escutar clássicos, eles estavam lá, como “Ela Roubou Meu Caminhão”, “Pé Na Porta Soco Na Cara”, “Clube dos Canalhas”, “Eu Não Gosto de Ninguém” “Meio Psicopata”, “Tempo Ruim” uma das mais celebradas da noite, inclusive por esse que vos escreve e muitas outras canções que foram cantadas por muitos ali em sua adolescência. Foram muito bem relembradas na noite. Eu particularmente gosto muito do som do Matanza ao vivo, mas, esse Matanza Ritual está esmagador, muito bom mesmo, a banda está muito bem; obrigado! Infelizmente a formação original quebrou em duas, eu tive a oportunidade de ver as duas, e ambas tem muita qualidade, mas é inegável, inevitável, e irrefutável que o povo quer ver as músicas com a voz original. A voz do povo é voz de Deus, e isso definitivamente, é o motivo principal do sucesso ao vivo dessa formação atual que o Jimmy montou. Um ótimo show, com casa cheia. Que provou, que sim, eventos nacionais também podem ser um sucesso. |