"SETEMBRO NEGRO FESTIVAL"
3 e 4/9/2022 - Carioca Club - São Paulo - SP
Apresenta
: "14ª edição"

Por Lucas Amorim Passos | Foto: (divulgação)
(publicada em 5, set, 2022 | 12h05)

Não teve muito tempo de descanso e já era hora de mais um massacre sonoro, no segundo dia da 14ª edição do Setembro Negro em São Paulo, evento maravilhoso que ocorreu no Carioca Club em Pinheiros com 30 bandas de todos os lugares do mundo, tocando muita música pesada para o público que compareceu nessa festa. Esse segundo dia de evento que rolou em 3/9/2022, estava bem mais cheio do que no dia anterior, deixando a premissa que o dia seria animado.

Relembrando o cast do Setembro Negro desse ano, o festival trouxe as bandas “Ross The Boss”, “Harakiri For The Sky”, “Brujeria”, “Conan”, “Masacre”, “Headhubter DC”, “Facada”, “Introtyl”, “Malefactor”, “The Black Spade”, “Vio-lence”, “Heathen”, “Suicidal Angels”, “Weedeater”, “Helheim”, “Psycroptic”, “Gatecreeper”, “Knife”, “Neuroticos”, “Havok 666”, “Diamond Head”, “Tribulation”, “Raven”, “Mork”, “Skeletal Remains”, “Soulburn”, “Inter Arma”, “Rot”, “Exterminate” e “Sodoma”.

Nesse segundo dia os portões abriram as 11h, logo o “Havok 666” iniciou os trabalhos com seu som rápido e agressivo, na sequência a banda nipo-brasileira “Neuróticos” incendiou o palco com seu Death/Thrash muito bem executado, e sem tempo para descanso a banda alemã “Knife” que substituiu a banda americana “Necrot” que por incompatibilidade de agenda não pode participar mais dessa edição, fez seu show e deixou seu recado. Uma trinca de primeira qualidade nessa primeira parte do evento, com muita qualidade e música bem feita, aliás qualidade é um dos fortes desse festival.


Após alguns ajustes técnicos era vez dos americanos do “Gatecreeper” apresentar para o público que já estava enchendo a casa, sua mistura de 'crossover' de Death Metal e HC. Confesso que gostei bastante do som dos caras, não conhecia a banda e fiquei fã depois de ver essa apresentação fantástica, na sequência os australianos dos”Psycroptic”, banda formado em 1999 pelos irmãos Dave e Joe Haley, mostrou ao público do Setembro Negro seu poderoso Death Metal. Logo em seguida era hora de umas das bandas que mais queria ver nesse dia o “Hellhein”, banda formada em 1992 em Bergen (Noruega), que ficou conhecida pela mistura de black metal e elementos da cultura viking; o legal da banda é a temática de suas letras, sempre voltada para a mitologia nórdica e ao vivo os caras não decepcionaram, fizeram na minha opinião um dos melhores shows do dia.

Com casa cheia os gregos “Suicidal Angels”, liderada pelo guitarrista/vocalista Nick Melissourgos, balançaram as estruturas do Carioca Club com seu Thrash Metal. Os caras são sem frescuras, é som pesado, rápido, simples, direto, uma atrás da outra, que levou a galera ao delírio. Para muitos presentes ali, o melhor show da noite, após esse massacre sonoro era hora de conferir uma das maiores bandas de Sludge/Doom/Stoner da atualidade, o “Weedeater” que fez uma apreensão irretocável, arrancando aplausos da galera e comprovando o porque está tão sólida atualmente no cena musical underground.

Mas não é só isso amigos, na parte final do segundo dia o melhor ainda estava por vir, pois o “Heathen” e seu Thrash Metal da Bay Area (São Francisco) arrebentou as estruturas com um show memorável. Sabe aquele Thrash arroz com feijão, tradicional, que não te deixa parado? … Pois é! Foram 50 minutos disso aí, um baita show de uma banda clássica que valeu cada minuto e por fim para fechar esse segundo dia com tudo, os californianos do “Vio-lence” destilaram com maestria todo o seu thrash metal, executando músicas dos clássicos álbuns “Eternal Nightmare” e “Oppressing The Masses” além de seu novo EP, “Let The World Burn”, que saiu esse ano. Destaque da apresentação para o gigante guitarrista Bobby Gustafson monstro da guitarra desde os tempos do “Overkill”. Mais um dia perfeito, mais um dia que prova que o Brasil pode ter festivais de qualidade com bandas consagradas no cenário underground internacional e quem foi não se arrependeu nem por um segundo. Mas ainda tinha mais, pois o terceiro dia estava batendo a porta com mais shows pra galera.