"SETEMBRO NEGRO FESTIVAL" Por Lucas Amorim Passos | Foto: (divulgação) Relembrando o cast do Setembro Negro desse ano, o festival trouxe as bandas “Ross The Boss”, “Harakiri For The Sky”, “Brujeria”, “Conan”, “Masacre”, “Headhubter DC”, “Facada”, “Introtyl”, “Malefactor”, “The Black Spade”, “Vio-lence”, “Heathen”, “Suicidal Angels”, “Weedeater”, “Helheim”, “Psycroptic”, “Gatecreeper”, “Knife”, “Neuroticos”, “Havok 666”, “Diamond Head”, “Tribulation”, “Raven”, “Mork”, “Skeletal Remains”, “Soulburn”, “Inter Arma”, “Rot”, “Exterminate” e “Sodoma”. Nesse segundo dia os portões abriram as 11h, logo o “Havok 666” iniciou os trabalhos com seu som rápido e agressivo, na sequência a banda nipo-brasileira “Neuróticos” incendiou o palco com seu Death/Thrash muito bem executado, e sem tempo para descanso a banda alemã “Knife” que substituiu a banda americana “Necrot” que por incompatibilidade de agenda não pode participar mais dessa edição, fez seu show e deixou seu recado. Uma trinca de primeira qualidade nessa primeira parte do evento, com muita qualidade e música bem feita, aliás qualidade é um dos fortes desse festival. Após alguns ajustes técnicos era vez dos americanos do “Gatecreeper” apresentar para o público que já estava enchendo a casa, sua mistura de 'crossover' de Death Metal e HC. Confesso que gostei bastante do som dos caras, não conhecia a banda e fiquei fã depois de ver essa apresentação fantástica, na sequência os australianos dos”Psycroptic”, banda formado em 1999 pelos irmãos Dave e Joe Haley, mostrou ao público do Setembro Negro seu poderoso Death Metal. Logo em seguida era hora de umas das bandas que mais queria ver nesse dia o “Hellhein”, banda formada em 1992 em Bergen (Noruega), que ficou conhecida pela mistura de black metal e elementos da cultura viking; o legal da banda é a temática de suas letras, sempre voltada para a mitologia nórdica e ao vivo os caras não decepcionaram, fizeram na minha opinião um dos melhores shows do dia. Com casa cheia os gregos “Suicidal Angels”, liderada pelo guitarrista/vocalista Nick Melissourgos, balançaram as estruturas do Carioca Club com seu Thrash Metal. Os caras são sem frescuras, é som pesado, rápido, simples, direto, uma atrás da outra, que levou a galera ao delírio. Para muitos presentes ali, o melhor show da noite, após esse massacre sonoro era hora de conferir uma das maiores bandas de Sludge/Doom/Stoner da atualidade, o “Weedeater” que fez uma apreensão irretocável, arrancando aplausos da galera e comprovando o porque está tão sólida atualmente no cena musical underground. Mas não é só isso amigos, na parte final do segundo dia o melhor ainda estava por vir, pois o “Heathen” e seu Thrash Metal da Bay Area (São Francisco) arrebentou as estruturas com um show memorável. Sabe aquele Thrash arroz com feijão, tradicional, que não te deixa parado? … Pois é! Foram 50 minutos disso aí, um baita show de uma banda clássica que valeu cada minuto e por fim para fechar esse segundo dia com tudo, os californianos do “Vio-lence” destilaram com maestria todo o seu thrash metal, executando músicas dos clássicos álbuns “Eternal Nightmare” e “Oppressing The Masses” além de seu novo EP, “Let The World Burn”, que saiu esse ano. Destaque da apresentação para o gigante guitarrista Bobby Gustafson monstro da guitarra desde os tempos do “Overkill”. Mais um dia perfeito, mais um dia que prova que o Brasil pode ter festivais de qualidade com bandas consagradas no cenário underground internacional e quem foi não se arrependeu nem por um segundo. Mas ainda tinha mais, pois o terceiro dia estava batendo a porta com mais shows pra galera. |