"SUFFOCATION" & "INCANTATION" Por Lucas Amorim Passos | Foto: (divulgação) Falando um pouco sobre o show do “Tribal Scream”, a banda que é original de Santos (litoral de São Paulo), surgiu em 2020, já lançou dois ótimos trabalhos o EP homônimo de mesma data, e logo depois em 2021, o single “We Shall Remain” que escancarou as portas da expectativa, deixou a critica e o público boquiabertos e muito curiosos para ouvir o álbum completo, pois o som é de muita qualidade. E foi isso que vimos ao vivo, aquela pegada que o Vitor sabe fazer, com direito a covers do “Torture Squad”, como “Horror Torture” e até um cover de luxo; pois em um momento da apresentação “Castor” baixista do TS junta-se à banda que já conta com os ex-membros Maurício e Vitor, e assim, em um passe de mágica, 90% do Torture Squad clássico, estava ali tocando músicas de sua era de ouro, para a alegria de muitos que há anos não presenciavam essa união ou nunca tiveram a oportunidade de ver os caras reunidos lá atrás, um show lindo que começou bem o evento. A segunda banda da noite foi o “Incantation”, veterana banda e já velha conhecida na cena 'old school', que veio a nosso país promover o álbum "Sect of Vile Divinities" (2020). O “Incantation” atualmente conta com John McEntee (vocal e guitarra), Luke Shively (guitarra), Chuck Sherwood (baixo) e Kyle Severn (bateria). A banda celebrou com os fãs paulistas os 30 anos de estrada em um show perfeito para quem curte o bom e velho Death Metal 'cru' e sem voltas. Amigos vocês tem que entender que o “Incantation” ao vivo é uma força sobrenatural que paira na música extrema, os vocais marcados e cruéis de John, dão o ar do clima do show e não tem quem não se surpreenda com a forma que os caras fazem o simples funcionar de forma tão perfeita, é como se o som deles não precisasse de mais nada moderno, pois os elementos são básicos porém suficientes para deixar muita banda com 7 ou mais integrantes no chinelo, sem saber o que fazer para competir. Após alguns ajustes, o lendário “Suffocation” que lançou em novembro do ano passado o álbum ao vivo "Live in North America", conta atualmente com Ricky Myers (vocal), Terrance Hobbs e Charlie Errigo (guitarras), Derek Boyer (baixo), além de Eric Morotti (bateria) sobe ao palco para destruir tudo com sua música extrema, técnica e precisa; não posso deixar de destacar o grande Ricky Myers que substitui Frank Mullen em grande estilo, pois o cara manda muito bem e não deixa a desejar com seus potentes vocais. Um show do Suffocation é sempre muito agressivo, rápido, brutal, energizado. A banda consegue unir essas características e entregar um show completamente perfeito em termos técnicos. A galera pira e vai a loucura com as viradas e com as conduções matadoras que te fazem pular e balançar a cabeça, não é a toa que os caras estão aí há todos esses anos entregando música de boa qualidade para o público que aprecia essa vertente mais extrema da música, um grande show que merece todos os elogios. Aliás, digo mais, um grande show em um grande evento em celebração a essa nossa sofrida música extrema que tanto sofre preconceito aqui no Brasil. Eventos como esse nos fazem crer que sim, temos público para esses shows maravilhosos como os que ocorreram nesse último dia sete de setembro, e não só eu, como todos que compareceram à esse massacre sonoro torcem para que haja muito mais por vir. Vida longa ao Death Metal! |