"BACKSTREET BOYS"
27 e 28/1/2023 - Allianz Parque - São Paulo - SP
Apresenta: "DNA World Tour"

Por Lucas Amorim Passos | Foto: (divulgação)
(publicada em 31, jan, 2022 | 13h53)

Começo essa resenha voltando no tempo, onde há 30 anos, cinco garotos se reuniram para montar uma boy band, algo que era comum naquela época de ouro onde vários garotos se uniam e tentavam o sucesso através da música. Hoje em dia aquelas "bandas de garotos" americanas foram substituídas pelos atuais grupos de k-pop, porém um nome ainda resiste e ressoa no cenário pop musical, e esse nome é o “Backstreet Boys”. Que provou a sua força nessa era contemporânea lotando o Allianz Parque na última sexta-feira, dia 27/01/2023.

E aí que afirmo que não importa se você ama ou se você odeia o Backstreet Boys, pois o quinteto mantém com toda certeza tem a sua relevância até hoje e o maior exemplo que podemos dar para os brasileiros, são os quatro shows lotados da "DNA World Tour" que eles apresentam no Brasil. Que além de dois esgotados em São Paulo passou também em Curitiba (PR) e terminou em Belo Horizonte (MG), provando a força que o quinteto ainda possue em terras tupiniquins.


E falando da força, é nítido nos olhos dos fãs a alegria de poder voltar no tempo e cantar com a banda os grandes sucessos que embalaram uma geração inteira. Fãs com faixas, camisetas, cartazes, aquele grupo de amigos que não se via há algum tempo, famílias reunidas e um clima ótimo rodeava o Allianz Parque. Naquela noite que esbanjava uma nostalgia boa que contaminava todo mundo.

O show de São Paulo, em Allianz Parque, era para ter acontecido no dia 15 de março de 2020. No entanto, foi neste dia que o então governador João Doria fechou todos os estabelecimentos em decorrência da pandemia do coronavírus e por essa razão o espetáculo ocorreu somente anos depois, o que gerava uma expectativa ainda maior nos fãs e essa expectativa foi superada por volta das 21h, quando as luzes se apagam e se inicia o show com um barulho ensurdecedor por parte da plateia que lotava todos os pedaços do estádio.

O show começa com uma bela introdução seguida de "Everyone", “I Wanna Be With You” e “The Call”, um começo bem agitado para as fãs, pois notei que algumas já estavam sem voz no início do show, o quinteto mesclou seus clássicos, com músicas do seu último álbum que estreou em 1º lugar nas paradas, com destaque para o hit Top 10: “Don’t Go Breaking My Heart”, que além de muito celebrada pelo público foi indicado na categoria de “Pop Duo / Group Performance” do GRAMMY 2019 e é o primeiro hit do grupo na Billboard Hot 100 em 10 anos.

O espetáculo é bem produzido, com momentos ensaiados e pensados para cada integrante, que teve o seu momento a sós com a plateia e nesse momento ele interagia, batia um papo e dava uma descontraída na apresentação. Claro que quando conseguíamos ouvir algo, já que a plateia era ensurdecedora a cada segundo do espetáculo, não posso deixar de reverenciar aqui também o belo trabalho de coreografias, iluminação, figurino e o telão gigante com uma resolução absurda que dava o tempero final no espetáculo.

Em resumo um show ótimo que colocou a galera para dançar e para viajar no tempo, particularmente pensei que o show seria mais morno, mas me enganei, pois o quinteto mostrou muita experiência, jogo de cintura e um bom gosto no set list. Na iluminação, coreografias e no carisma, uma receita perfeita para dar certo e levar a plateia ao êxtase. A galera precisava mesmo de um show de alto nível, pois foram muitos dias de espera e tenho certeza que os rapazes acertaram precisamente o coração de seus saudosos fãs que saíram com um sorriso elástico em seus rostos e maravilhados com a volta que deram no tempo ouvindo clássicos de uma das boy bands mais certeiras que já existiu. E que está aí com tudo, no embalo e arraso de corações.