"COLDPLAY" Por Aline Narducci | Foto: (divulgação) Inúmeros relatos de alagamentos em toda a capital, além de reclamações dos fãs sobre as más condições da infraestrutura no entorno do estádio, onde foram feitos diversos vídeos de pessoas enfrentando poças d'água e até um imenso alagamento próximo dos portões. Porém, para quem vive sabe bem das condições da cidade nos meses de fevereiro e março, e dentro do Estádio do Morumbi. Dentro do estádio houve um grande esforço da produção para minimizar os impactos da chuva, como segurança, evitando aglomerações de pessoas e até mesmo orientando sobre áreas escorregadias. Felizmente, isso não diminuiu o entusiasmo dos fãs da banda, que chegaram cedo ao estádio e assistiram aos belos shows de abertura de Elana Dara e Chvrches, esta última que estreou no Brasil em grande estilo antes da apresentação solo que acontece nos próximos dias no Audio Club, também na capital paulista, mostrando que mesmo com chuva era possível fazer uma apresentação empolgante que, mesmo com chuva, foi muito bem recebida pelos fãs que ansiosamente aguardavam o Coldplay. Por volta das 20h45, a principal atração da noite, Coldplay, subiu ao palco e imediatamente ficou evidente que estávamos prestes a presenciar uma noite histórica. As famosas pulseiras brilhantes coordenadas criam uma atmosfera totalmente diferenciada espetáculo, criando uma sensação mágica e única, proporcionando aos presentes uma experiência verdadeiramente inesquecível. A estrutura em si pode ser considerada impecável. Um palco bem diferente dos que estamos acostumados a ver, telões redondos e de altíssima definição, som perfeito, iluminação fora de série e muita pirotecnia. A chuva que foi um grande transtorno para que os fãs conseguissem chegar ao estádio do Morumbi, foi prontamente esquecida e todos foram transportados para 2 horas totalmente inesquecíveis para cada um dos presentes. Pudemos presenciar uma banda altamente animada e que não se importou em nada com a chuva, apresentando momentos marcantes de seus grandes sucessos como “Paradise”, “The Scientist” e “Yellow”, que presenteou o público com um momento inesquecível com luzes amarelas brilhando durante toda execução da música. O show se mostrou altamente inclusivo com os deficientes auditivos, contando com uma tradutora de libras na área de PCD`s e com Chris Martin também usando a linguagem de sinais durante a apresentação. Uma grata surpresa foi ver a banda usando máscaras e acessórios que os transformaram em alienígenas durante "Something Just Like This" e durante "A Sky Full of Stars”, sendo um dos pontos altos do show. Assim como na primeira apresentação, o Coldplay ainda trouxe o consigo uma surpresa para os fãs: a participação especial de Seu Jorge. O cantor brasileiro juntou-se à banda para entoar "Amiga da Mulher", em um palco estrategicamente posicionado próximo ao fundo do estádio. Essa iniciativa permitiu que os presentes tivessem uma experiência única, de estar próximos da banda, independente do tipo de ingresso adquirido. É louvável a iniciativa do Coldplay em proporcionar um momento de integração e proximidade entre os artistas e seus fãs. O Coldplay deixou sua marca em São Paulo mais uma vez com uma apresentação histórica, que trouxe no bis "Humankind" e "Fix You", e fechou com "Biutyful", um espetáculo incrível que contou com efeitos especiais deslumbrantes, como fogos de artifício e papéis voando sobra a plateia e até uma visão linda ao redor do estádio de planetas que ficavam flutuando. Apesar da chuva durante o show, o público esqueceu completamente o mau tempo e se entregou ao clima mágico e envolvente criado pela banda. Para aqueles que ainda tinham dúvidas sobre a necessidade de tantas apresentações no Brasil, a noite foi a prova definitiva de que o Coldplay é uma das melhores bandas ao vivo do mundo e que vale a pena enfrentar qualquer obstáculo para assistir a um de seus shows. |