"SUMMER BREEZE FESTIVAL"
29 e 30/4/2023 - Memorial da América Latina - São Paulo - SP
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Por Luane Arruda | Fotos: Aluísio Ribeiro
(publicada em 2, mai, 2023 | 11h35)

A primeira edição do festival alemão Summer Breeze Open Air no Brasil, aconteceu no último final de semana em São Paulo no Memorial da América Latina. Uma maratona de 2 dias com mais de 30 shows divididos em 4 palcos, além de palestras, feira geek, culinária alemã, feira de cultura urbana e tatuagens, espaço kids com monitores, sessões de autógrafos com algumas das bandas presentes no festival, diversas lojas com a temática do evento, merchandising das bandas e muito mais.

Confira agora em detalhes tudo o que rolou na primeira edição do Summer Breeze Brasil.

ESTRUTURA E ATRAÇÕES

Sem dúvida toda a estrutura do espaço proporcionou a melhor experiência para as mais de 30 mil pessoas que participaram do evento.

Feira de cultura Geek & Horror Expo
Um espaço reservado para os amantes da cultura, com diversos itens disponíveis para a venda, além de personagens caracterizados para entreter o público como: a menina do exorcista, IT o palhaço, Jason com sua motosserra, um Cenobita do Hellraiser e muito mais.

Feira de cultura Urbana e Tatuagens
Além das exposições disponíveis, há um espaço reservado para vários estúdios de tatuagem.

Área de descanso
Uma área coberta, com mesas e bancos disponíveis para recarregar as energias e se alimentar.

Merchandising variado
Aqui o fã encontrava produtos da sua banda favorita do festival e também itens à venda do próprio festival, como camisetas, bonés, meias e cordões.

Espaço Kids
Um amplo espaço disponível para as crianças com monitores presentes, brinquedos além de iniciação musical.

Sessões de autógrafos
Piscou perdeu.
Para garantir uma das 60 senhas distribuídas para conhecer seu ídolo, era preciso chegar cedo para garantir seu lugar.

Lounge Premium
Localizado do lado direito do palco, para o público que optou pelo ingresso na modalidade Summer Lounge Card/Pass. Com direito a open bar e também open food em outro espaço reservado.

Banheiros
Esse tópico merece um ponto de atenção, havia banheiros químicos espalhados pelo evento, mas o forte cheiro vindo deles foi motivo de reclamação do público. Os banheiros químicos ao lado do esquerdo Sun Stage vazavam bastante e o espaço para assistir aos shows ficava sem proveito, pois não dava para aguentar o odor forte. Já os demais banheiros, estavam sempre muito sujos e sem papel. Com certeza esse é um ponto de atenção para as próximas edições do evento.

Alimentação
Variedade é a palavra. Diversos tipos de comida, de preços variados e acessíveis. Um ponto importante a ser dito é que as filas eram sempre pequenas e a agilidade na entrega era muito rápida. O mesmo pode ser dito para as bebidas. Um ponto fortíssimo do evento. Parabéns para a organização.

Acessibilidade
O evento contou com acesso para cadeirantes e pessoas com deficiência, tendo plataformas elevadas para assistir aos shows e banheiros.

Posto médico
Atendimento rápido e de primeira quando solicitados, vi um rapaz machucar o joelho e logo foi levado. No sábado fui até o posto médico para pedir um band-aid e fui prontamente atendida.

Diablo IV
Lilith ressurge.
Diablo IV foi um dos patrocinadores do evento e teve um destaque muito importante para a divulgação do game. O trailer oficial foi apresentado antes da última atração no palco Hot, e também uma performance incrível da drag Slovakia, trajada como Lilith em uma plataforma que foi a 10 metros de altura.
https://www.instagram.com/houseofslovakia/

Durante todo o dia, também rolou uma ativação com 2 personagens encapuzados de vermelho e o rosto oculto por um tecido preto. Eles ficaram disponíveis em vários pontos diferentes do evento para tirar fotos. Um deles segurava um pergaminho escrito “Lilith está chegando...”, enquanto o outro segurava o que parecia ser um defumador.

Sem dúvidas foi uma estratégia de marketing muito bem elaborada.

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PALCOS

HOT & ICE

Foram os palcos principais do festival, sendo um ao lado do outro. Essa estrutura permitiu que os intervalos entre os shows não fossem maiores do que 10 minutos. Além disso, o público tinha fácil acesso à grade nos shows que mais queriam ver, pois enquanto uma banda estava tocando o fluxo de pessoas no outro palco diminuía, então era possível aguardar a banda do coração mais de perto e ir acompanhando o show pelo telão durante a espera. Grandes nomes da música tocaram no ICE & HOT como: Sepultura, Skid Row, Blind Guardian, Avantasia, Kreator, etc.

Palco SUN Stage
Para chegar até esse palco era preciso atravessar a passarela e ir para o outro lado do evento. Um palco menor, não dispunha de telão e abrigou bandas como: Stratovarius, Accept, Finntroll, Napalm Death, Crypta, etc.

Waves Stage
Localizado no final do complexo, com a feira de tatuagens, o acesso a este palco que comportava 1.800 pessoas só estava disponível para público que optou pelo ingresso na modalidade Summer Lounge Card/Pass. Aqui palestras do Bruce Dickinson e Simone Simons aconteceram, e também show do Tuatha de Danann, Apocalyptica, etc.

OS SHOWS

Foram mais de 30 shows, 40 mil passos dados, 900 kcal queimadas, algumas bolhas no pé e muito sorriso no rosto. Em eventos como o Summer Breeze, a gente quer estar em todos os palcos para assistir a todos os shows, mas é humanamente impossível e é nessa hora que o coração fica dividido sobre o que assistir para trazer a resenha.

O evento trouxe uma grande variedade de bandas e estilos para todos os gostos. Bem no estilo “tem pra todo mundo” e “se organizar direitinho, dá pra ver quase tudo, ou pelo menos um trecho”.

A pontualidade dos shows foi impressionante, intervalos de apenas 5 ou 10 minutos entre uma banda e outra. Agora, um ponto importante a comentar é a respeito do som do evento.

Em algumas bandas o grave da bateria e do baixo estavam tão altos que chegavam a machucar o ouvido. Para os fãs que estavam na grade e no setor do Lounge que ficavam ainda mais perto do palco, era possível vê-los levar as mãos aos ouvidos na tentativa de proteger a audição. Muitos até saíram da frente das caixas de som do palco e foram para a lateral. Fica aí um ponto de atenção para as próximas edições.

Confira agora o que rolou nos shows do primeiro dia de Summer Breeze Brasil.

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Sábado dia 29/04/2023

Palco: Hot Stage
Horário: 11h
Atração: Voodoo Kiss


Com os portões recém-abertos, o público para a banda alemã Voodoo Kiss ainda era pouco. A formação atual traz três integrantes originais – Marin Beuther (guitarra), Klaus Wieland (baixo) e Achim Ostertag (bateria) –, além do vocalista Gerrit Mutz (Sacred Steel, Angel of Damnation, Dawn of Winter), figura conhecida da cena do metal do sul da Alemanha.

Uma curiosidade é que o baterista Achim Ostertag, foi o organizador do festival Summer Breeze Open Air na Alemanha em 1997. Na época, não havia festivais para ele tocar com sua banda, então resolveu criar um e colocou a própria banda como headliner. Genial.

A banda estava em perfeita sintonia e demonstravam estar muito felizes e animados com o show, mesmo com o público ainda pequeno. Animaram a galera e colocaram todo mundo pra se mexer.


Palco: Sun Stage
Horário: 11:30
Atração: João Gordo e Brutal Brega


Atravessando o complexo, o palco Sun Stage deu lugar para João Gordo com seu show Brutal Brega, fazendo a releitura de grandes hits do brega como Feiticeira, Fuscão Preto, Pavão Misterioso, Sandra Rosa Madalena, Ciganinha e muitas outras.

O negócio é que o cara consegue animar o público – que estava em um número muito legal – se divertir e ainda por cima fazer a galera abrir uma roda-punk amigável num show de brega.

Muita gente cantando os clássicos e se divertindo para valer, enquanto eu cantava junto, pensava “Isso tá rolando mesmo? Sério? Olha o que esse cara faz”.


Palco: Ice Stage
Horário: 12h
Atração: Benediction


Com o público maior, o Death Metal dos ingleses do Benediction abriu o palco Ice Stage. Dave Ingram comandou os vocais com maestria, agradecendo a todo momento, dizendo o quanto o público era lindo e fez um brinde para todos ficaram bêbados. Levantou sua cerveja e toda a galera também.

“Eu tomei cerveja no café da manhã, e vocês?”. Gritos e mais gritos da plateia. Os caras deram um verdadeiro show com um setlist bem completo com: Nighfear, Stormcrow, Magnificat, I Bow to None, Scriptures in Scarlet e muitas outras.

No encerramento, prometeram voltar e finalizaram com “I love you, thank you”.


Palco: Hot Stage
Horário: 13:05
Atração: Marc Martel


Impressionada é pouco ao dizer como me senti no show desse cara. A presença de palco dele preenchia os quatro cantos em cada pedacinho. Simplesmente não dava para desgrudar os olhos dele.

Esbanjando carisma e simpatia, Marc Martel reviveu os maiores clássicos do Queen no palco Hot Stage com o show One Vision of Queen. Sem brincadeira, o cara parece uma reencarnação do Freddie Mercury.

Sucessos como Under Pressure, I Want to Break Free, Bohemian Rhapsody, Don’t stop me now, Radio Ga Ga, Somebody to Love, We Will Rock You, We Are the Champions e muitas outras foram tocadas.

Foi emocionante vivenciar um público tão diversificado, de todas as idades cantando e dançando junto os clássicos.


Palco: Ice Stage
Horário: 14:10
Atração: Shaman + Viper + Felipe e Rafael do Angra


É amigos, esse dia chegou. Infelizmente sem a presença do grande André Matos, que faleceu aos 47 anos, devido a um ataque cardíaco. A homenagem uniu os integrantes do Shaman, Viper e Angra.

O início da apresentação foi prejudicado por problemas técnicos no som e deu uma pequena atrasada.
Foi aqui que o som começou a dar problema. Tentei curtir o show bem lá de pertinho, mas os graves estavam altos demais e machucando o ouvido.
O Viper abriu a homenagem com Leandro Caçoilo (voz), Felipe Machado (guitarra), Kiko Shred (guitarra), Pit Passarell (baixo) e Guilherme Martin (bateria). Eles tocaram três músicas: a primeira música foi a nova “Under the Sun” e as antigas “Cry from the Edge” e “Living for the Night”.
Já a segunda parte foi uma mistura de Shaman e Angra, com Alírio Netto nos vocais, Hugo Mariutti na guitarra, Rafael Bittencourt na guitarra, Felipe Andreoli no baixo e Rodrigo Oliveira (Korzus) na bateria, substituindo Ricardo Confessori – que acabou se envolvendo em divergências e polêmicas políticas, o que ocasionou o fim do Shaman.
Neste segundo tempo trouxeram Lisbon e Make Belive.
Pra não deixar ninguém de fora, o terceiro ato trouxe Luis Mariutti no baixo e Fabio Ribeiro no teclado. Tocaram: Turn Away, For Tomorrow e Fairy Tale – ênfase nas lágrimas que deixei cair sem querer. Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli e Felipe Machado se juntaram a todos para tocar Carry On.
Infelizmente, não senti a banda com um entrosamento legal, Alírio até brincou que a banda não tinha ensaiado antes. Bom, se foi brincadeira ou não, acho que faltou mesmo um pouco de ensaio. Mas, valeu a homenagem.
Foi muito emocionante ouvir For Tomorrow, porque no fim da música, com o instrumental, é possível ouvir a voz do André vocalizando “iiiii” suavemente na melodia antes de acabar. Fechar os olhos e imaginar que era ele ali, vivo no palco, me levou às lágrimas.

Que falta você faz André...


Palco: Hot Stage
Horário: 15:25
Atração: Skid Row


Começando com um pouco de atraso por conta da atração anterior, o Skid Row subiu ao palco com fôlego pra dar e vender. Já abrindo com Slave to the Grind.

O vocalista Erik Grönwall estava impressionado: “Essa é a minha primeira vez no Brasil e o rumor é verdadeiro. O público brasileiro é o mais insano”. Foi o suficiente para cair ainda mais nas graças do público.

A banda veio para promover o primeiro álbum com o vocalista Erik mas também trouxe na bagagem os grandes clássicos da era de ouro da banda, como: 18 and Life, Monkey Business, In a Darkened Room, Youth Gone Wild e muito mais.
Com uma presença de palco impressionante, Erik preenchia o espaço, corria, pulava e fazia caras e bocas no estilo Hard Rock.

Perguntava para o público do lado do Ice Stage se eles estavam legais, se estavam curtindo. E colocava todo mundo para agitar.

Sua potência vocal é tão impressionante que até os fãs mais antigos, nem sentiram falta do Sebastian Bach. Ouvi muito vinil do Skid Row na adolescência, já vi o Sebastian ao vivo e sinceramente o Erik está mandando bem demais, demais. O Skid Row está em uma ótima fase, Grönwall é jovem, tem muito sangue no olho, carisma para dar e vender. A banda acertou no vocalista. Uma alma jovem com sabor de nostalgia.


Palco: Ice Stage
Horário: 16:25
Atração: Sepultura


Deu para perceber que o negócio ia ferver quando começou a tocar “Polícia”, do Titãs, que já colocou geral pra cantar e animar pequenas rodas.
O Sepultura subiu ao palco quebrando tudo com “Isolation”, seguindo com “Territory”.
Com Derrick Green nos vocais, Andreas Kisser na guitarra, Paulo Xisto no baixo e Eloy Casagrande na bateria, o quarteto chegou com os dois pés no peito.

Fizeram todo mundo sair do chão e boatos de que alguém perdeu um tênis logo na primeira roda. Insano.

No repertório, Kairos Guardians of Earth, Arise, Roots Blood Roots e muitas outras.


Palco: Sun Stage
Horário: 16:45
Atração: Perturbator


Resolvi dar um pulinho lá no Sun Stage para conhecer o som do Perturbator. Confesso que estava curiosa para ver o que iria encontrar, optei por não ter spoilers antes do evento. Mas gostei do que ouvi.
James Kent, ou seu nome artístico mais conhecido: Perturbator, é um músico francês de synthwave. Uma mistura de influências que o músico tem que mistura: música eletrônica, música gótica, música ambiente e industrial.
Uma verdadeira mistura dançante.


Palco: Sun Stage
Horário: 18:30
Atração: Accept


Definitivamente, o Accept merecia estar no palco Hot ou no Ice com uma estrutura melhor para acomodar os alemães. A estrutura do Sun stage era bem menor do que o Ice ou Hot. Faltou telão pra galera acompanhar de longe com mais comodidade.

O show simplesmente lotou, mesmo tocando no mesmo horário do Stone Temple Pilots. A banda começou com Zombie Apocalypse e em seguida Symphony of Pain, ambas do último disco Too Mean to Die, que foi lançado em 2021. A partir de Restless and Wild só os clássicos vieram à tona.

Os alemães colocaram todo mundo pra cantar em coro e punhos cerrados. Paulada atrás de paulada. Overnight Sensation, Breaker, Princess of the Dawn, Fast as a Shark, Metal Heart, Balls to the Wall sem dúvida foi uma das mais esperadas.


Palco: Hot Stage
Horário: 19:55
Atração: Blind Guardian


Depois de 8 anos de espera, o Blind Guardian retornou para o que seria uma noite épica.
Cheio de sorrisos, o vocalista Hansi Kürsch mostrava estar verdadeiramente feliz em estar no Brasil. Com Marcus Siepen e André Olbrich nas guitarras, Johan van Stratum no baixo, Michael Schüren no teclado e Frederik Ehmke na bateria, o Blind Guardian abriu a noite com Imaginations from the Other Side.
E com isso matou a sede da saudade que todo mundo estava de Welcome to Dying, Nightfall e Time Stands Still (At the Iron Hill).
Kürsch estava falante, prometeu falar menos para não atrapalhar as músicas do setlist. Disse que tentariam tocar o máximo de músicas que conseguissem dentro do tempo que tinham. Mas ao fim de cada música ele voltava a descontrair e conversar com a plateia.
Para alegria de geral, tocaram diversas músicas do álbum Somewhere Far Beyond. Time What is Time, Journey Through the Dark, Black Chamber, Theatre of Pain, The Bard’s Song, the piper’s Calling, Somewhere far Beyond, Lord of The Rings. Um destaque especial para Valhalla, onde a banda fez silêncio e o público tirou do peito em coro. Que coisa mais linda de se ver enquanto eu começava a atravessar a passarela. De arrepiar.

Hansi prometeu voltar em breve. Que não tenhamos mais um hiato aí de 8 anos para morrer de saudades. Esse show foi um verdadeiro presente para os fãs.


Palco: Waves Stage
Horário: 22:10
Atração: Apocalyptica


Que noite meus amigos, e fica ainda melhor com os finlandeses do Apocalyptica encerrando a noite. Composta pelos violoncelistas Eicca Toppinen, Paavo Lötjönen e Perttu Kivilaakso, e pelo baterista Mikko Sirén.

Com um repertório que misturou músicas autorais, releitura de clássicos, faixas cantadas pelo vocalista Franky Perez e uma surpresa maravilhosa: Simone Simons do Epica subiu ao palco para cantar Rise Again. Eu tô arrepiada até agora.

O mais legal de ver os caras tocando só o instrumental, é o público fazendo o papel de vocalista e cantando junto por exemplo Refuse/Resist do Sepultura, ou Seek and Destroy do Metallica.

O Apocalyptica é uma banda que sabe como agitar o público.

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Domingo dia 30/04/2023

Palco: Hot Stage
Horário: 11h
Atração: Krisiun


O dia já começou literalmente hot, com um sol de rachar cacto, no palco Hot com os brasileiros do Krisiun. A banda subiu ao palco embalados pela energia do público, que mesmo para o horário já somava uma plateia considerável.

Ninguém ficou parado e em todas as músicas, a galera fez roda. Não pararam um minuto. O vocalista Alex Camargo perguntou quem já tinha ido tomar uma cachaça na padaria e recebeu de volta muitos gritos, urros e punhos fechados.

Plateia extremamente quente, animada para o dia que estava só começando.


Palco: Ice Stage
Horário: 12h
Atração: Grave Digger


Mais um dia o Summer Breeze seguindo o cronograma de forma pontual.

Aqui, alguns problemas técnicos começaram a aparecer, o som estava estourado no início da primeira música. O microfone também estava um pouco baixo, e só foi arrumado na metade da segunda música.

Aos 61 anos Chris Boltendahl, à frente dos vocais, levou o público na palma da mão. Abrindo com Lawbreaker, seguindo com Hell is My Purgatory. Interagiu muito com a plateia, descendo até eles e ficando perto da galera.

No repertório, Dia de los Muertos, The House, The Dark of the Sun, Highland Farewell, Excalibur e outros clássicos.


Palco: Hot Stage
Horário: 13:05
Atração: H.E.A.T

A força e energia do Hard Rock chegou com os suecos do H.E.A.T.

Que show foi esse? Eu tô até agora encantada pelo carisma e simpatia do Kenny Leckremo em cima do palco. Vivenciei ali uma energia tão contagiante e empolgante que se eu pudesse morar para sempre dentro de um show, seria nesse.

Abriram com Back to the Rhythm e seguiram com Dangerous Ground. Rock your Body veio pra levantar geral.

Com uma mega presença de palco, Kenny pulava e girava loucamente. Era perceptível ele ficando tonto após parar de rodar. E o filho da mãe ainda saia correndo de um lado pro outro, deitava-se no chão e fazia tudo isso cantando. Às vezes perdia o fôlego, mas buscava lá no âmago da alma e botava para fora.

Não parava de sorrir, brincar, a banda interagia junto e o público era recíproco o tempo todo. Eles estavam verdadeiramente se divertindo no palco. Um set de peso, com músicas ainda da época do antigo vocalista Erik Grönwall.


Palco: Waves Stage
Horário: 14:25
Atração: Vixen


É Hard Rock que você quer? Então toma mais Hard Rock, bebê.

Pela primeira vez no Brasil e uma das bandas mais esperadas do domingo por muitos fãs de Hard Rock, Vixen subiu ao palco com a formação: Lorraine Lewis nos vocais (também Femme Fatale), Britt Lighning na guitarra, a brasileira Julia Lage no baixo e da formação original Roxy Petrucci na bateria.

Que emoção vivenciar esse momento, um show tão intimista. Infelizmente o acesso ao show só era possível para os fãs com ingresso na modalidade Summer Lounge, o que acabou deixando muitos fãs de fora.

Quando entrei no Waves Stage, consegui um lugar na primeira fila. Do meu lado a menina do exorcista também esperava ansiosa para assistir ao show, disse que saiu da cama dela só para ver Vixen.

O show atrasou alguns minutos, pude presenciar as meninas montando palco, passando o som e interagindo com a plateia. Eu estava em êxtase, com os olhos cheios d’água.

Com tudo pronto, o show começou e era difícil ficar sentada, mas a partir de How Much Love, Lorraine convidou todo mundo para chegar perto do palco, foi uma correria só. Clássicos como: Rock Me, Love Made Me, Crying, Rev it Up fizeram todo mundo cantar. Lorraine interagia demais com o público, estendia a mão, em dado momento se jogou de costas na plateia por alguns segundos. Se enrolou na bandeira do Brasil, depois em outra que misturava as bandeiras do Brasil e Estados Unidos, trocava de jaqueta. Não parava um minuto.

Muita sincronia, coreografias bem ensaiadas e o timing perfeito.

Também não ficou de fora a Falling In & Out Of Love, do Femme Fatale e encerraram com Edge of Broken Heart.

Depois do show, as Hard Rock Queens ficaram na beira do palco dando atenção para os fãs, tirando fotos, dando autógrafos e distribuindo palhetas. Foram superacessíveis, muito fofas, elogiaram o meu cabelo e com isso zerei a vida.

À noite elas tocaram na Audio, acompanhei as redes sociais de alguns amigos e elas lotaram a casa. Agora é esperar que elas voltem em breve, depois de sentirem todo o amor que receberam do público brasileiro.


Palco: Hot Stage
Horário: 17:25
Atração: Kreator


Foi um festival de coisas voando já na primeira música, jaqueta, pacote de salgadinho, jaqueta de novo. O negócio já começou insano com muita fumaça e pirotecnia no palco.

O thrash metal dos alemães do Kreator tocou o terror e fez o verdadeiro caos na plateia. No palco, uma figura diabólica e vários bonecos “pendurados pelo pescoço”. Os caras enlouqueceram o público, e o vocalista Mille Petrozza comentou que a banda faz shows no Brasil desde 1992 e que o Summer Breeze foi o maior deles até agora.

No setlist, People of the Lie, Enemy of God, Phobia, Satan is Real, 666 – World Divided e muitas outras. O show teve roda do começo ao fim. E por falar em fim, o público estava se abraçando emocionado no fim do show.


Palco: Ice Stage
Horário: 18:30
Atração: Avantasia


Uma verdadeira obra prima, é o que se espera de um show do Avantasia. Liderado por Tobias Sammet, vocalista do Edguy, trouxe para a noite de domingo uma performance de uma hora e meia com convidados ilustres: Eric Martin (Mr. Big), Ralf Scheepers (Primal Fear), Bob Catley (Magnum) e Ronie Atkins (Pretty Maids).

Com tantos nomes de peso à frente de músicas que nosso querido André Matos também cantou, faltou no mínimo uma menção ao nome do maestro, o público sentiu falta. O setlist conseguiu pescar trabalhos de diversos álbuns. Entre eles: Reach out for the Light, The Scarecrow, Twisted Mind, Book of Shallows, Avantasia, Farewell, Lost in Space e muitas outras.

Com Certeza Sign of the Cross e The Seven Angels foram as mais esperadas da noite.

Um verdadeiro espetáculo.


Palco: Sun Stage
Horário: 20:30
Atração: Stratovarius


Tá aí, mais uma banda que lotou o Sun Stage e que merecia estar no palco Hot ou Ice. Tinha tanta gente que travou a passarela, ninguém conseguia andar para chegar na área do Sun Stage.

Ao lado dos banheiros químicos ainda tinha espaço, mas era impossível ficar ali por conta do cheiro e da péssima visualização do palco, já que o mesmo não conta com telão. Boa parte do show eu só consegui ouvir, ver foi complicado, tanto pra chegar perto, quanto pelo meu tamanho.

Mesmo assim, os finlandeses do Stratovarius entregaram um show sensacional. Timo Kotipelto tem um gás impressionante, ainda segura a potência dos agudos. No setlist clássicos como Black Diamond, Unbreakable, Hunting High and Low, Speed of Light e muitas outras.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi uma honra poder estar presente e fazer parte da história da primeira edição do Summer Breeze Brasil. Um festival recheado de atrações e bandas incríveis para todos os gostos.

Fui surpreendida positivamente durante os dois dias com a organização do evento.
Além é claro, da quantidade de bandas alemãs que participaram. Agora eu fico aqui na torcida para o ano que vem a produção trazer para o Brasil a Rainha do Metal Doro Pesch e muitas outras bandas de peso.

Parabéns à toda equipe.

O Rock vive!
O Death vive!
O Trash vive!
O Hard vive!
O Heavy vive!
O Power vive!

E nós estamos aqui para contar essas histórias.

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