"RED HOT CHILI PEPPERS"
10/11/2023 - Estádio do Morumbi - São Paulo - SP
Apresenta: "Unlimited Love"

Por Luane Arruda | Foto: (divulgação)
(publicada em 11, nov, 2023 | 22h24)

No dia 10 de novembro de 2023, o estádio Cícero Pompeu de Toledo, vulgo Morumbi, foi palco de um espetáculo verdadeiramente inesquecível, cortesia da icônica banda Red Hot Chili Peppers que de volta ao Brasil, também marca o retorno do guitarrista John Fusciante. A atmosfera vibrante começou a tomar forma muito antes do primeiro acorde, com fãs ansiosos ocupando cada centímetro disponível do estádio.
 
Do lado de fora, um mar de camisetas pretas com o logo da banda, em meio a ambulantes vendendo copos, camisetas e comida. Alguns estabelecimentos da região tocavam as músicas da banda, pra todo mundo ir entrando no clima.
 
O show de abertura ficou por conta da banda Irontom, que tem como guitarrista Zach Irons, filho do baterista Jack Irons, que também fez parte do grupo. O som da banda passa pelo Post-Punk, Psicodélico e Funk Rock. Mesmo não conhecendo a banda, assim como muitas pessoas dentre o público, entregaram uma qualidade impecável no palco. Fizeram todo mundo interagir com lanternas, palmas, sair do chão e decorar refrão.

Ao subir ao palco, por volta das 21h06, o Red Hot Chili Peppers demonstrou porque são considerados uma das bandas de rock mais eletrizantes e influentes de todos os tempos. Desde os primeiros acordes de "Can't Stop", a energia contagiante da banda envolveu a multidão em uma sinfonia de emoções. O público, enlouquecido. Cantavam e gritavam, tão alto, mas tão alto que a gente se sentia abraçado pelo coro. Coisa linda de ver.
 
O vocalista Anthony Kiedis, sempre carismático, liderou a performance com uma presença de palco magnética. A entrega única de sua voz e a coreografia característica se fundiram perfeitamente com o talento do guitarrista John Frusciante, do baixista Flea e do baterista Chad Smith. Juntos, eles proporcionaram um espetáculo musical que transcendia gerações.
 
A noite foi seguindo sem pausa e praticamente sem interação com o público, “The Zephyr Song” e “Snow (Hey Oh), fez todo mundo entrar na nostalgia. “Here Ever After”, “Havana Affair”, “Eddie”, “Parallel Universe”, quase que sem respiro e finalmente um “Obrigado” vindo de Kiedis.
 
O público, fervoroso e participativo, cantou em uníssono a cada verso, criando uma sinergia única entre palco e plateia. “Soul to Squeeze”, “Right on Time”. Não dá pra dizer que foi só um show, mas também um espetáculo visual deslumbrante. As projeções visuais no telão, trazendo um tom psicodélico complementaram perfeitamente a atmosfera vibrante do show.
 
Quase sem interrupções, às vezes um pequeno solo de baixo aqui, um pequeno solo de bateria ali, mas quando digo pequeno, é pequeno mesmo, com sensação de passagem de som e teste de instrumentos. O show seguiu mais uma vez sem interação, “Tippa My Tongue”, “Tell me Baby”, “Terrapin”, “Dont’t Forget me” e “Californication”.
 
Entre as poucas interações, Kieds pediu para o público acender a lanterna do celular, o que aconteceu algumas vezes durante todo o show. Um mar de estrelinhas brilhantes iluminaram o estádio, emocionante.
 
“By the Way”, “Under the Bridge” e “Give It Away”foram uma verdadeira voadora no peito, o público já sabia que o show estava se encaminhando para o final. Essas três últimas sem dúvida levantaram ainda mais um mar de fãs que não se mostravam nem um pouco cansados.
 
Embora a banda não tenha interagido muito com o público, não dá pra negar que os caras entregam uma performance incrível. Com certeza foi uma noite que ficará marcada na memória dos fãs como um momento de pura magia musical.