Banda: "PLANETA D"
Respostas: Gustavo Vervloet
Data: Outubro de 2013
Por André Augusto Valente
Planeta Desperto é acordar, animar, estar vivo, consciente.
Planeta D enaltece a vida e o mundo de forma criativa e fala de amor e relacionamentos de uma maneira diferente.
Por quê “Planeta D”?
O nome originalmente era Planeta Desperto, entretanto, para simplificar, resolvemos mudar para Planeta D. O despertar que se sugere através do nome, é um despertar espiritual, um salto para uma nova consciência e frequência da nossa própria existência neste planeta. O nome sugere um crescimento interno natural da humanidade, em que se compreende toda a existência como algo conectado, onde há mais clareza sobre a vida e o amor. É um conceito sugerido por várias culturas, é a chegada da Era Dourada para os Indus, é o pós 2012 dos Mayas, é uma das interpretações do Apocalipse para o Cristianismo.
Tirando o romantismo, existe outra direção nas letras das canções? Algo subliminar?
Não é raro achar que as letras da banda são românticas. A palavra "amor" é quase sempre usada no nosso dia a dia, na poesia ou na música como sinônimo de "romance" ou "paixão", quando, na verdade, nas canções do Planeta D na maioria das vezes, não é desse tipo de amor que se trata. Muitas de nossas canções trata das relações humanas pela perspectiva da auto-descoberta, sendo nesse caso, o amor tratado pela canção, o amor próprio, o amor que se descobre através do auto-conhecimento. São letras que tocam no assunto de forma sutil, porque esse assunto ainda nos é estranho e deve ser colocado de maneira que o ouvinte possa ser tocado pela essência do que se quer passar, sem engasgar com o conteúdo, rsrs...
O trabalho lançado “A Viagem” é esteticamente de muito bom gosto, por que amadureceu a ideia de um impresso em formato digipack com encarte?
Eu gostei muito da ideia de usar o digipack com encarte, acho que deu um ar mais sofisticado e moderno ao trabalho. Embora seja questão de gosto, também acredito que o mercado esteja se direcionando para este tipo de formato.
O formato da banda e a forma com a qual está sendo apresentada, joga um ar de religiosidade no ar; confere?
Particularmente, não gosto de chamar esse assunto no qual gostamos de falar nas letras de religião ou algo religioso. A palavra "religião" logo trás a idéia de divisão, das diferentes formas de se interpretar ou idealizar a espiritualidade. Temos muitas religiões e religião pra mim é teoria, é idéia. A espiritualidade, entretanto, é experiência. Se ela não for real pra você, então ela não existe. Tem que ser a sua experiência. E é a experiência espiritual que vivo e que busco na minha vida, que transpira em forma de composição, de letra. É espiritualidade porque é algo real para mim.
Vocês se intitulam MPB/IndieRock, como que é isso?
A pegada da banda, principalmente ao vivo, é uma pegada sempre
com violões presentes e uma guitarra com timbres e arranjos modernos que lembra muito essa onda nova do Indie Rock ou do Brit-Pop. Entretanto, toda a métrica melódica da banda e as referências melódicas estão com os dois pés no Brasil e na MPB. Daí vem essa mescla das guitarras mais voltadas para o Rock (ou Indie Rock) e as melodias e violões com a influência principalmente da MPB.
Como vai funcionar os videclipes anunciados de cada single?
Vamos primeiramente lançar um clipe da música "Contos". Essa é a música que estamos trabalhando primeiro. A captação e edição deste primeiro clipe devem ficar prontas na primeira quinzena de novembro. O lançamento deve ser final de novembro. Os outros clipes serão produzidos na sequência. "Seu Norte" deve vir logo depois, para ser lançado
em Janeiro, provavelmente (segunda música de trabalho). Os outros dois clipes provavelmente serão com captação ao vivo em estúdio.
Como vocês sentem a visibilidade do público hoje em dia? A banda consegue fidelizar suas músicas facilmente?
Eu penso que cada vez mais a informação está abundante e cada vez mais acessível. Embora hoje através da internet tenhamos mais possibilidades de chegar até as pessoas, ao mesmo tempo, exitem muitas bandas, muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. O público está querendo coisas novas e consigo perceber que há espaço e interesse. Mas sinto que é um trabalho que demanda uma continuidade e um cuidado muito grandes. Não é qualquer coisa que vai ser consumida pelo nosso público alvo. Precisamos ter sempre aquele zelo, aquela pesquisa e atenção com o material que estamos apresentando, sermos fiéis a nós mesmos, para então obtermos resultados externos. Acredito que estamos conseguindo isso.
Das releituras mencionadas quais agradam mais?
Eu particularmente adoro a releitura que fazemos de uma música do Caetano, "Não Identificado" e uma outra dos Mutantes "Ando Meio Desligado".
Quais as ambições da banda?
Eu acredito que o nome correto para o que temos na banda, são sonhos. A música é algo tão da alma quanto os sonhos. E eles andam juntos. O sonho do reconhecimento, o sonho de poder se viver da música, o sonho de rodar o mundo, de conhecer esse Brasil inteiro com os intrumentos acompanhando, de trocar conhecimento, de conhecer pessoas, de fazer parcerias, de construir algo belo.
Qual dos shows em SP vocês lembram mais? Alguma passagem bacana?
Pra mim, os dois shows mais marcantes este ano foram: o do dia mundial do Rock (festa da 89FM) em que tocamos juntos com grandes nomes, como Ultraje a Rigor, Matanza e CPM 22. Foi muito bacana tocar pra mais de 5 mil pessoas (horário em que tocamos) e ver o público tão receptivo e animado com o nosso show. O outro foi o nosso show de pré-lançamento do EP, que foi em São Caetano, um show intimista, porém inesquecível, inclusive porque tocamos pela primeira vez com o Roger, nosso novo tecladista.
Vocês se identificam com bandas de hoje em dia, alguma indicação?
Não. Não há uma identificação como banda, mas existem aquelas bandas que gostamos de ouvir e das quais somos fãs. Entre elas, The Beatles, Oasis, Incubus, Kings of Leon, Skank, Nando Reis, Mutantes, Gilberto Gil, etc...
Como vocês apresentam o “Planeta D” para alguém que nunca ouviu falar de vocês?
É uma banda brasileira, com canções melódicas e uma pegada IndieRock/MPB, com letras variadas e que muitas vezes trazem uma perspectiva poética e nova sobre a vida e seus relacionamentos.
Obrigado pela atenção, sintam-se a vontade para deixar uma mensagem para nossos leitores.
Quero agradecer a oportunidade de apresentar o nosso trabalho e dizer que estamos cheio de novidades neste semestre de lançamento do nosso EP e videoclipes. Gostaria de convidar a todos para conhecerem o nosso site: www.planetad.art.br , onde é possível conhecer melhor a banda, baixar as músicas, assistir os clipes e ficar ligado na nossa agenda! Abraço sonoro!